A nossa Comunidade é formada por cristãos: homens e mulheres, adultos e jovens, de todas as condições sociais que desejam seguir Jesus Cristo mais de perto e trabalhar com Ele na construção do Reino, e reconheceram na CVX a sua particular vocação na Igreja (PG4)

28 novembro 2014

Encontro de Advento, Partilha


“Os Demónios andam à solta… Discernimento precisa-se!

No fim-de-semana de 22 e 23 de Novembro a CVX-BI levou a efeito um Encontro de Advento sob o tema: “Os Demónios andam à solta… Discernimento precisa-se!”.

A orientação esteve a cargo de Alzira Fernandes e as atividades decorreram nas instalações do Centro Apostólico de Nossa Senhora das Dores, no Paúl.

Procurando, tanto quanto possível, fazer uma síntese do que foi este encontro, diria que Santo Inácio descobriu a metodologia do conhecimento da pessoa humana e que através do discernimento leva-nos ao encontro de um modo de estar na vida em plenitude.

Inácio reconheceu os dois rostos do coração da pessoa humana:

A ferida e o poço, ou manancial - Todos nós temos uma ferida profunda que trazemos desde o ventre materno. A ferida gera medos e estes tornam-se muros de defesa.

Por sua vez, as compulsões (reações e respostas mecânicas, inconscientes e desproporcionadas) têm sintomas.

São as feridas e as compulsões que nos impedem de conhecer as nossas próprias potencialidades e geram em nós uma imagem distorcida de Deus.

Raras vezes temos conhecimento do que é mais valioso em nós e mais autêntico. Precisamos de limpar a ferida, mas limpá-la a partir do próprio manancial que temos dentro, este Amor que habita em nós. “Se eu deixasse Deus ser Deus na minha vida, sem Lhe impor os meus “ses”, o que é que aconteceria?”

O manancial toca duas realidades: a consciência e a água viva. A água não serve para si mesma. Esse potencial que trazemos em nós torna-nos canal para que outros possam beber. Daí a importância do nosso compromisso com o crescimento pessoal contínuo.

Depois foram abordados os temas: o discernimento dos espíritos, os demónios da oração e os demónios do apostolado.

O discernimento dos espíritos - O discernimento “não é tanto conhecer a vontade de Deus, mas sobretudo saber situar-se, saber separar, fazendo a vontade de Deus. … Deus vai-nos criando. O discernimento é caminho para perceber os golpes do atuar criador de Deus no nosso interior, e através do que faz, reconhecer a Sua presença. ... Que experimento? (…consolação – desolação); onde me leva? (…tudo o que me conduz ao Senhor e ao seu Reino ou …tudo o que me afasta do Senhor e do seu Reino)”.

Os demónios da oração Dos muitos exemplos apresentados destaco:

           Despersonalizar a oração: sempre que rezamos a um Deus impessoal, que está muito longe. Na oração ponho-me em contacto com uma Pessoa. Estou em presença.

           Não se entregar profundamente a Deus: a inteligência, a memória, os afetos, os sentimentos, a sensibilidade. Por isso não nos transformamos.

Os demónios do apostolado – O apostolado não é uma profissão nem uma atividade. A título de exemplo:

           O messianismo: induz o apóstolo a tornar-se o centro de toda a atividade pastoral como se ele fosse o piloto e Jesus o co-piloto.

           Perder o sentido das pessoas: os aspetos administrativos, organizativos e de planificação e supervisão convertem o apóstolo num executivo da pastoral, ficando sem espaço psicológico para se dedicar às pessoas.

Na manhã de domingo foi-nos apresentado João Batista como figura de discernimento e de Advento. João é a transparência do ser. Aquele que grita no deserto.

Devemos fazer a nós próprios a pergunta “quem és tu?” porquanto cada um de nós é um mistério para si e para o outro.

Todos trazemos um grito dentro de nós. E este grito significa que o meu ser tem necessidade do outro, de amar e de ser amado. Por isso, tal como João, o nosso grito mais profundo é dito no deserto, despidos de tudo o que são seguranças, de miragens, e em que nos abrimos a Deus.

João aponta-nos ainda a missão. E o fim da missão é que as pessoas que me estão confiadas possam chegar a Cristo.

Sob o tema Discernimento comunitário foram indicadas as 4 etapas a ser seguidas.

Para finalizar foi ainda abordado o tema o discernimento – uma opção pela vida. Discernir é acertar o passo com Deus, que nos leva. É uma decisão tomada com Cristo.

Para uma melhor compreensão, o discernimento cristão foi apresentado como sendo a mesa do banquete: uma mesa de quatro pernas em que todas são importantes para o seu equilíbrio. São elas:

A alegria da misericórdia (Lc 6, 36) – a misericórdia como uma atitude de coração, como um modo de ser.

As obras de justiça solidária (Mt 25, 31ss) – verificar se algo que experimento ou penso me leva a ser solidário com a pessoa carenciada.

A incompreensão e a perseguição (Mc 8, 34) – a cruz pelo facto de ser fiel ao anúncio e à construção do Reino.

O amor de si mesmo – negar tudo o que me impede de” viver a vida em abundância”, ou seja, todas as compulsividades, as reações desproporcionadas, a culpabilidade. Viver em abertura à misericórdia do Pai para que a mudança seja possível.

Concluindo, e como se pode depreender, tratou-se de um encontro bastante denso e muito rico de conteúdo. Todos quantos tivemos a graça de participar ficámos espiritualmente mais ricos e armados para bem viver este tempo de Advento, não esquecendo, como tão bem referiu a Alzira, que “A missão de Cristo começa onde eu estou!”.

 Amélia Monteiro
 


 

 
















03 novembro 2014

Encontro de Advento


Os demónios andam à solta -Discernimento precisa-se!

Programa /Horário

Dia 22 de Novembro

9.00h: Acolhimento

9.30h: Tema - O processo pessoal: Os dois rostos do coração da pessoa humana I

10.40h: Pausa

11.00h: Oração pessoal

11.45h: Ressonâncias em plenário

12.15h: Tema - O processo pessoal: Os dois rostos do coração da pessoa humana II


13.00h: Almoço

14.15h: Tema - O discernimento dos espíritos - Introdução ao trabalho de grupo


14.30h: Trabalho de grupo

15.30h: Ressonâncias em plenário

16.00h: Tema – Os demónios da oração

17.00h: Pausa

17.20h: Tema - Os demónios do Apostolado

18.00h: Eucaristia


Dia 23 de Novembro


9.00h: Acolhimento

9.30h: Uma figura de discernimento e advento: João Batista

Pontos para a oração pessoal

10.00h: Oração pessoal

10.45h: Pausa


11.00h: Tema - Discernimento comunitário – Introdução ao trabalho de grupo

Trabalho de grupo

11.45h: Plenário

12.15h: Tema - O discernimento: uma opção pela vida.


13.15h: Almoço - Encerramento

31 outubro 2014

Vivências, Terra do Demo



Vivências, Terra do Demo


Algumas fotografias tiradas neste momento de convívio da Comunidade - CVX BI.



07 outubro 2014

Passeio CVX BI "Pelas Terras do Demo"

Amigos

É já  no próximo dia 18 outubro (Sáb.), que realizaremos o Passeio CVX BI.
Desta vez será "Pelas Terras do Demo" com destaque para a visita ao Santuário Nª Srª Lapa.

Somos todos convidados a participar, bem como convidar familiares e amigos .

Será certamente uma oportunidade de passeio, comunhão e conhecimento.
Uma  oportunidade de construímos COMUNIDADE !

Um abraço.

P.S- Para inscrições e mais informações contatar o animador ou equipa regional


16 setembro 2014

Programa CVX-BI 2014/2015


Abertura do ano CVX 2014/2015

No dia 14 de setembro a CVX BI deu início às suas atividades 2014/2015. O encontro decorreu na Covilhã, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus (S. Tiago), tendo iniciado com a celebração da Eucaristia, a Missa da comunidade paroquial que foi animada pelos membros CVX, seguido de um almoço partilhado. Houve, por fim, um momento de partilha com a apresentação do programa das atividades, um testemunho do que é a CVX para potenciais novos membros e ainda uma breve reflexão sobre a realidade da nossa regional Beira Interior, relativamente às questões do campo de missão da família. 

Partilhamos o ofertório dessa Celebração e ainda algumas fotos.


1. Cruz
Neste dia em que a Liturgia nos convida a contemplar a Cruz de Cristo, trazemos, Senhor, ao Teu altar, esta cruz. Com ela ofertamos o nosso desejo de vivermos o quotidiano, não como condenados, mas como herdeiros da VIDA plena conquistada pelo AMOR. Neste mundo que não deixa de nos enviar sinais de morte, de sofrimento e de fracasso, queremos ser testemunhas da Tua presença vivificante... 
 
2. Cajado
Na Liturgia de hoje, Moisés sabe bem que o Senhor nunca abandona o Seu Povo. À semelhança do bordão de Moisés, trazemos ao Teu altar este cajado.  Com ele, ofertamos a certeza de que caminhas connosco e o compromisso de, animados pelo carisma da espiritualidade inaciana, sermos pedras vivas na Tua Igreja. 

3. T-shirt vermelha
A cor vermelha, presente nos paramentos litúrgicos desta Eucaristia, simbolizam o fogo do amor e da caridade. Trazemos ao Teu altar, Senhor, esta T-shirt vermelha, porque de amor e caridade nos queremos revestir. Queremos que a nossa fé seja cada vez mais concretizada na partilha comunitária e numa missão apostólica no mundo, especialmente junto das periferias. 

4. Pão e Vinho
O Pão e o Vinho são o supremo sinal da Tua entrega por nós. Recebe Senhor o vinho novo e o pão que restaura as nossas forças e renova a nossa esperança de em tudo, cada vez mais Te Amarmos e Servirmos. 
                                                                                                                                      (Paula Rabaça-5ª Semana)






03 maio 2014

O ofício de Consolar


Já a meio do Tempo Pascal vem muito a propósito debruçarmo-nos sobre uma expressão muito própria dos Exercícios Espirituais, na 4ª. semana do seu percurso, dedicada inteiramente aos mistérios da Ressurreição do Senhor. 
A graça que se pede nesta semana não é de fácil compreensão. Vejamos: “pedir graça para me alegrar e gozar intensamente de tanta glória e gozo de Cristo nosso Senhor”. (EE, 221) Se há sentimentos muito desejados, o da alegria é dos que ocupa os lugares mais altos da escala. Nascemos para ser felizes - dizemos e desejamos - e a graça coloca-nos num desafio ainda mais alto: uma alegria e gozo intensos. Não será desejar uma utopia? Critica-se muitas vezes o cristianismo que promete uma felicidade no além, enquanto aqui na terra vamos “gemendo e chorando neste vale de lágrimas”. A realidade limitada e pecadora que vivemos pessoalmente e vemos no mundo que nos rodeia martela-nos sem cessar, provocando esta dúvida: Alegria intensa, já aqui, onde? 
Dando o benefício da dúvida, já que a Ressurreição de Jesus é, por si mesma, um facto extraordinário, passemos ainda a uma consideração apresentada por Santo Inácio nesta 4ª semana: “reparar no ofício de consolar que Cristo nosso Senhor traz e compará-lo com o modo como os amigos se costumam consolar uns aos outros”. (EE, 224)  
A Ressurreição de Jesus dá-nos, pela fé, a certeza de que a morte, o sofrimento, o desespero não têm a última palavra. Não apenas quando falamos da experiência limite da nossa morte física, mas também das experiências quotidianas de morte: aos nossos desejos, às nossas relações, aos nossos projectos, ao nosso conforto, etc. É próprio da dimensão ressuscitada da vida não ficar parado à sombra das tristezas e desânimos, mas voltar à luz do sentido profundo das coisas e do bem amoroso que de tudo se pode tirar. Só nesta lógica se entende, por exemplo, a força do perdão e o compromisso com a justiça. Toda a aventura humana, por isso mesmo, é um contínuo realizar da ressurreição que, já acontecida, pede para ser levada a sério na vida de quem espera nesta fé. 
Esta atitude reflecte-se precisamente no “ofício de consolar”, próprio do Ressuscitado, que significa, na linguagem inaciana, levar ao aumento da fé, da esperança e do amor, assente numa experiência de paz e alegria nascidas da intimidade com Deus. [1] E este ofício de Jesus ressuscitado experimenta-se a partir do trato de amizade que os amigos têm quando se consolam uns aos outros. Não poderemos ver aqui a nossa missão como cristãos? O motivo e motor da existência não poderá ser este ministério da consolação? 
Pessoalmente, anima-me muito pensar na vida a partir deste horizonte, que tem um início cheio de vida e deseja trazer essa mesma vida ao mundo concreto em que estou. 
Desafio: O Cardeal Jorge Bergoglio, agora Papa Francisco, fez este apelo a uma nova forma de viver as relações: “Imitemos o nosso Deus, que nos precede e ama primeiro, realizando gestos de proximidade para os nossos irmãos que sofrem solidão, indigência, desemprego, exploração, falta de tecto, desprezo por serem migrantes, doença, isolamento entre os idosos. Dá o primeiro passo e leva, com a tua própria vida, o anúncio: Ele ressuscitou”. Não será isto mesmo a consolação que podemos realizar? 
[1] Chamo consolação, quando na alma se produz alguma moção interior, com a qual vem a alma a inflamar-se no amor de seu Criador e Senhor; e quando, consequentemente, nenhuma coisa criada sobre a face da terra pode amar em si mesma, a não ser no Criador de todas elas. E também, quando derrama lágrimas que a movem ao amor do seu Senhor, quer seja pela dor se seus pecados ou da Paixão de Cristo nosso Senhor, quer por outras coisas directamente ordenadas a seu serviço e louvor. Finalmente, chamo consolação todo o aumento de esperança, fé e caridade e toda a alegria interior que chama e atrai às coisas celestiais e à salvação de sua própria alma, aquietando-a e pacificando-a em seu Criador e Senhor. (EE, 316)
P. António Valério, sj 

Essejota - Espiritualidade Inaciana



20 abril 2014

Páscoa


Páscoa é lua cheia, inconsútil, inteira,
Sementeira de luz na nossa eira.

Deixa-a viver, crescer, iluminar.
Afaga-lhe a voz e o olhar.

Não lhe metas pás, não lhe deites cal.
Não lhe faças mal.
Não são notas enlatadas, brasas apagadas.
É música nova, lume vivo e integral.

Não é paragem, mas passagem,
Aragem a ferver e a gravar em ponto Cruz
A mensagem que arde no coração dos dois de Emaús.
A Páscoa é Jesus

D. António Couto


19 abril 2014

XI ASSEMBLEIA NACIONAL CVX-P

Fátima, 27 a 30 de Março de 2014 
   
   INTRODUÇÃO
A Comunidade de Vida Cristã em Portugal (CVX-P) reuniu-se em Fátima na sua XI Assembleia Nacional (AN), entre 27 e 30 de Março de 2014, com o lema CHAMADOS ÀS FRONTEIRAS, APROFUNDANDO A NOSSA VOCAÇÃO, para aprofundar os desafios lançados pela Assembleia Mundial (AM) do Líbano. Estiveram presentes delegados de 78 dos 128 grupos da CVX-P.

 Por coincidência de se celebrarem neste ano os 40 anos da CVX-P, no Dia Mundial CVX fizemos memória da nossa história. O tomar consciência da forma como o Espírito Santo nos guiou foi sentido por nós como uma graça. Não podemos deixar de fazer referência, a este propósito, à comunicação do P. Nicolás à AM, salientando a importância da linguagem da história, «uma linguagem que fala das grandes coisas que Deus fez por [nós] … [e nos dá] um sentido de pertença e de orgulho por [sermos] um povo que pode verdadeiramente dizer “Deus está connosco”». Também tivemos a alegria de celebrar o compromisso permanente de cinco companheiros e a afiliação de dez novos grupos, caindo mais uma vez na conta de que «em cada momento algo de bom acontece no mundo graças à acção de Deus através da CVX» (Franklin Ibañez).
Como preparação para esta Assembleia toda a comunidade teve oportunidade de rezar e reflectir partindo dos textos do nosso Assistente Mundial (P. Adolfo Nicolás), de Franklin Ibañez e da Exortação Apostólica do Papa Francisco Evangelii Gaudium. Além destes, cada uma das equipas regionais teve oportunidade de propor outros documentos de reflexão, dos quais salientamos o documento do Pe. Anthony da Silva sobre a colaboração.
Abrimos os trabalhos ouvindo uma apresentação sobre a Exortação Apostólica e tentámos identificar nela os pontos de contacto com o nosso modo de estar e a nossa espiritualidade. Animados com as palavras do Santo Padre, reunimo-nos em pequenos grupos para aprofundar o tema da nossa vocação e identificar as fronteiras a que a CVX-P é chamada no momento presente.
Nestes dias de encontro, também houve espaço para a aprovação do relatório e contas do triénio 2010-2013, para a eleição da nova Equipa Nacional, e para alguns momentos de puro convívio. Acolhemos na Assembleia os representantes da Equipa Mundial (ExCo), Denis Do-bbelstein, e do EuroTeam, Marina Villa, cuja presença e contributos reforçaram a nossa consciência de sermos uma Comunidade Mundial. 2

APROFUNDANDO A NOSSA VOCAÇÃO
Reflectindo sobre a nossa vocação, reafirmámos a nossa condição de leigos, de cristãos envolvidos no mundo, que desejam ser o fermento e o sal, correspondendo aos desafios de Jesus Cristo.
Foi claro para a comunidade que as suas raízes se encontram na espiritualidade inaciana. Nesta Assembleia revimo-nos, uma vez mais, nos nossos Princípios Gerais, em particular no PG 5 e no PG 12, o que interpretámos como o reafirmar da nossa identidade.
O que sentimos como fruto desta Assembleia é a necessidade de uma atenção especial ao pilar comunidade. A CVX tem crescido exponencialmente em Portugal e a Assembleia, constatando isso, deseja acolher todos os que nos procuram, aproximar-se dos que não nos procuram, e crescer bem.
Isto significa ser fiel à nossa vocação e implementar as estruturas que potenciem esse crescimento ou reformar as existentes. Nessa linha, identificámos os seguintes desafios:
- a responsabilidade pelo acolhimento dos que nos procuram e pela sua formação enquanto cristãos e membros CVX;
- a sustentação do crescimento da comunidade (por exemplo, capacidade de responder às particularidades dos grupos em integração como a CVX-U, a iniciação e os grupos dos jovens adultos; o apoio pelas equipas de serviço aos grupos; a formação de animadores e guias; a inter-relação entre as equipas de serviço e entre estas e a comunidade de animadores);
- a consolidação do sentido de comunidade (que se expressa, nomeadamente, pela co-responsabilidade financeira; pelo apoio mútuo; pelo “sentir com a Igreja”; pela compreensão do papel da comunidade nos seus vários níveis; pela disponibilidade para o serviço apostólico na comunidade; pelo estreitar de laços entre os vários membros da CVX);
- a promoção do conhecimento das realidades e dos problemas internos da comunidade, designadamente reforçando a comunicação, a participação, a transparência dos processos de tomada de decisão e da prestação de contas;
- aprofundamento da vivência do ciclo apostólico (discernir - enviar - apoiar - avaliar) como modo específico de proceder da CVX a todos os níveis;
- manter acesa a tensão pela constante busca da vontade de Deus, que nos desinstala em cada etapa e nos confirma e fortalece para em tudo amar e servir, numa entrega por inteiro, radical, reconhecendo que tudo nos vem de Deus.

CHAMADOS ÀS FRONTEIRAS
Durante a Assembleia foi sentida dificuldade em distinguir o conceito de fronteira do conceito de campo de missão. No geral, entendemos fronteira como o limite da nossa zona de conforto; e campo de missão como a área aonde nos sentimos chamados e enviados a construir o Reino.

Nos trabalhos, identificámos, sobretudo, campos de missão, num conjunto variado, no qual se destacou a temática das famílias, dos pobres e dos jovens. Em qualquer destas áreas de missão existem fronteiras que nos sentimos desafiados a descobrir.
Na área das famílias somos sensíveis à problemática do acompanhamento dos casais nas diversas fases da sua vida, ao acompanhamento das situações de crise, da terceira idade, ao acolhimento das famílias monoparentais, dos divorciados, dos recasados e educação para a parentalidade.
Na temática da pobreza somos sensíveis a todo o tipo de vulnerabilidade, às novas formas de pobreza, aos idosos e outros marginalizados.
Na temática dos jovens somos sensíveis à necessidade de adequar a nossa linguagem à sua, de potenciar estratégias de aproximação e de investir na sua formação cristã usando as ferramentas inacianas.
Sendo estes os campos de missão que mais se evidenciaram no decorrer dos trabalhos, não excluímos outros a que a comunidade também se sentiu chamada. Nestes também identificámos fronteiras que nos inquietam e desafiam a responder.
A Assembleia sentiu-se interpelada a aprofundar a colaboração com outros (dentro e fora da Igreja) como o seu modo habitual de estar e, nessa medida, como forma de agir na missão e nas fronteiras.
A Assembleia identificou, entre outras, a falta de formação e de tempo, como obstáculos ao seu maior envolvimento na missão. Com efeito, a importância da formação a diversos níveis foi sublinhada.

RECOMENDAÇÕES
A Assembleia recomenda à nova Equipa Nacional:
a) aprofundar os desafios colocados pelo nosso Assistente Mundial no documento em que se dirigiu à AM do Líbano, continuando a reflectir sobre os temas das fronteiras e campos de missão;
b) estimular a reflexão acerca de como podemos responder ao apelo da AM e do Santo Padre a sairmos da nossa zona de conforto e a estarmos nas fronteiras e campos de missão, em particular naqueles a que a Assembleia se sentiu chamada;
c) aprofundar formas de colaboração com a Companhia de Jesus e com outras estruturas, da Igreja ou de fora dela;
d) desenvolver processos de formação, destinados a guias, animadores, e membros CVX;
e) promover a criação de redes apostólicas e a divulgação de experiências de missão.

Fátima, 30 de Março de 2014



12 abril 2014

Equipa Nacional CVX-P


Recentemente eleita a nova Equipa Nacional da CVX-P
Muitos Parabéns e que o Senhor os fortaleça nesta Missão de Serviço e entrega à CVX.

23 março 2014

Participação CVX-BI na XI Assembleia Nacional CVX-P

A próxima Assembleia Nacional CVX-P irá contar com a presença dos seguintes elementos da CVX-BI:

- Equipa regional CVX-BI:
     Sílvia Almeida, Célia Mateus e Ana Teresa Brás
- e os delegados das comunidades:
  * "Os profissionais": Susel Fonseca
  * "Grão de Mostarda": Sofia Preto
  * "5ª Semana": Paula Rabaça e Gilberto Pires
  * "Maranathá": Maria José Madeira e Regina Pires

Peçamos nas nossas orações para que o Espirito os acompanhe ao longo do desenvolvimento dos trabalhos.

Relembramos ainda que o dia mundial CVX 2014  será celebrado durante a Assembleia, no dia Aberto, Sábado 29 Março (ver programa em baixo)

Estamos por isso todos convidados a participar !



XI Assembleia Nacional CVX-P



Os grupos CVX nomearam diversos possíveis candidatos à nova equipa nacional, que será eleita durante a Assembleia Nacional, no final deste mês. 
Ao todo foram nomeados 23 membros para candidatos a Presidente e 75 membros para candidatos a membros da equipa nacional.

Esta nomeação foi comunicada a cada um dos nomeados a quem foi dado um período de discernimento para poderem avaliar da sua efetiva disponibilidade. Em consequência deste discernimento os seguintes membros aceitaram ser candidatos à nova equipa nacional da CVX-P.

 Dos nomeados como possíveis candidatos a Presidente, 2 pessoas aceitaram candidatar-se:
- Raquel Rei (região sul)
- Teresa Sabido Costa (região sul) (que me recandidato)

 
Atenção! Os candidatos a Presidente, caso não sejam eleitos, são candidatos a membros da equipa.

Dos nomeados como possíveis candidatos a membros da equipa nacional, 5 aceitaram candidatar-se:

  • Alexandra Maciel (região do Porto)
  • Inês Almeida (região sul)
  • João Frade (região da Beira Litoral)
  • Nuno Botte (região do Porto)
  • Teresa Cardoso (região sul) (atual vice-presidente, que se recandidata)ar .



Um abraço grande

Teresa Sabido Costa, presidente nacional

Dia Mundial CVX 2014


Mas é preciso morrer e nascer de novo ...

Quaresma TEMPO DE ORAÇÃO




10 fevereiro 2014

Partilha ...


1. UM PENSAMENTO

Sinto-me, mais do que nunca, nas mãos de Deus. 
Foi isso que desejei toda a minha a vida, desde jovem. E é essa a única coisa que continuo a desejar agora. Mas com uma diferença: hoje é o Senhor que toma toda a iniciativa. 
Asseguro-vos que saber-me e sentir-me totalmente nas Suas mãos és uma profunda experiência.
(Padre Pedro Arrupe,  na sua renúncia como Geral da Companhia de Jesus)

Em que dimensão da minha vida sou chamado a colocar-me nas mãos de Deus? 
Sou capaz de estar TOTALMENTE nas suas mãos?



2. UM LINK


Um portal, em francês, que ajuda a descobrir e aprofundar a espiritualidade inaciana e que apresenta contributos e sugestões para a oração do dia-a-dia

Como tenho cuidado da minha oração diária? 
Sou criativo e empenhado em procurar novos modos de estar na presença de Deus?





3. UMA ORAÇÃO

«Senhor, salva-nos!»


Ó meu Deus, o meu coração é como um vasto mar agitado pelas tempestades: que ele encontre em Ti a paz e o repouso. Tu ordenaste aos ventos e o mar que se acalmassem e, sob a Tua voz, eles apaziguaram-se; vem apaziguar as agitações do meu coração, para que tudo em mim se torne calmo e tranquilo, para que Te possa possuir, Tu, o meu único bem, e Te possa contemplar, suave luz dos meus olhos, sem perturbação nem obscuridade. Ó meu Deus, que a minha alma, liberta dos pensamentos tumultuosos deste mundo, «se esconda à sombra das Vossas asas» (Sl 16, 8). Que encontre junto de Ti um lugar de renovação e de paz; e, repleta de alegria, possa cantar: «Deito-me em paz e logo adormeço, porque só Vós, Senhor, fazeis que eu repouse em segurança» (Sl 4, 9). 



Que a minha alma descanse, peço-Te, ó meu Deus, que descanse da lembrança de tudo o que está sob o céu, que desperte unicamente para Ti, como está escrito: «Eu durmo, mas o meu coração vela» (Ct 5, 2). A minha alma só está em paz e em segurança, ó meu Deus, debaixo das asas da Tua protecção (Sl 90, 4). Que ela permaneça eternamente em Ti e que seja abraçada pelo Teu fogo. Que, elevando-se acima de si própria, Te contemple e cante alegremente os Teus louvores. No meio das inquietações que me agitam, que os Teus dons sejam a minha suave consolação, até que eu chegue a Ti, ó verdadeira paz.
Santo Agostinho (354 -430) Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja 

Meditações, cap. 37 
Onde,
Em quem, 
Em quê,
              busco consolação para as inquietações e medos que me agitam?



4. UM LIVRO





 Fundamental em oração é responder à pergunta: quem é o meu Deus?












Paula Rabaça, 5ªSemana


27 janeiro 2014

Os Exercícios Espirituais


Fruto da conversão de Santo Inácio, os Exercícios Espirituais propõem os assuntos sobre os quais ele refletiu, meditou e contemplou, como a indicação de atitudes e procedimentos que o moveram a mudar de vida e entregar-se a Deus.Santo Inácio percebeu que isto poderia ser útil para outros e por isso foi anotando tudo o que lhe parecia servir para mais tarde.
Antes de ser escrito, portanto, o que aparece em seu livro foi vivido por ele. É fruto das suas experiências.
A força dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio está, em grande parte, no fato de o livro dos Exercícios ser antes de mais nada um manual prático, composto sem pretensões literárias ou de retórica, mas para servir de guia para os que desejam empenhar a própria vida, deste ou daquele modo, a serviço da maior glória de Deus e em prol de seus semelhantes.

O primeiro passo recomendado por Santo Inácio em uma das vinte "Anotações" do início de seu livro é o seguinte: que o "exercitante", ao entrar na experiência dos Exercícios, tenha em si um grande desejo de aproveitar em tudo o que for possível, tomando como ponto de partida um oferecimento a Deus de todo o seu querer e liberdade.Neste oferecimento não há ainda nenhuma concretização específica, mas apenas uma atitude básica: que Deus disponha do mesmo conforme a sua vontade.

Com o "Princípio e Fundamento", supõe-se que já surja uma primeira e firme resolução: tirar de si tudo o que for impedimento para abraçar a vontade de Deus na própria vida. É necessário, consequentemente, tomar consciência de toda a desordem existente e de suas trágicas consequências, para que o abandono à misericórdia e à graça de Deus torne possível uma vida nova, de acordo com a vontade de Deus.

É o trabalho da "Primeira Semana", que termina com uma oração de agradecimento e uma pergunta: o que devo fazer por Cristo?
Na "Segunda Semana", o "exercitante" é convidado a contemplar a vida de Cristo, a fim de que, conhecendo-o mais em profundidade, possa mais amá-lo e segui-lo. É uma etapa de confronto da própria vida com a vida de Cristo, iniciada pelo "Exercício do Reino". Este tempo de discernimento culmina com o processo da "Eleição" e a tomada de uma decisão de vida.
A "Terceira Semana" tem como finalidade confirmar a opção feita, confrontando a nossa pequenez com o amor sem limites que o "Eterno Rei" manifestou-nos através da instituição da Eucaristia e dos sofrimentos de sua Paixão.

A "Quarta Semana" reforça ainda mais esta opção feita, mediante a alegria, a paz e a felicidade da Ressurreição, Ascensão e Pentecostes.Os Exercícios Espirituais terminam com um exercício singular e original: a "Contemplação para alcançar Amor".Santo Inácio acentua o amor como doação mútua, como entrega de vida, manifestada sobretudo por obras de amor.

Da parte de Deus, este amor são os dons que dele recebemos e, mais que estes dons, é ele que se dá a nós, com sua presença, atuação e reflexão nas criaturas.A consciência deste amor pede, de nossa parte, uma resposta de amor. Daí a oração final:

"Tomai, Senhor, e recebei toda a minha liberdade, minha memória, minha inteligência e toda a minha vontade, tudo o que tenho e possuo.De vós recebi; a vós, Senhor o restituo.
Tudo é vosso; disponde de tudo inteiramente, segundo a vossa vontade. Dai-me o vosso amor e graça, que esta me basta".

23 janeiro 2014

ADORA E CONFIA

A oração que propomos, convida-nos a uma confiança e uma esperança renovadas. E pensamos que neste momento faz todo o sentido…
Vivemos em clima de preparar, pensar e de algum modo dispormo-nos a dar alguns passos, dando o nosso contributo para a Assembleia Nacional que aí vem.
A Cvx vive um tempo de discernimento confiado nas mãos de Deus, um tempo de abertura, de disponibilidade para uma entrega maior.


Adora e Confia

Não te preocupes com as dificuldades da vida,
com os seus altos e baixos, as suas desilusões,
pelo futuro mais ou menos sombrio.
Quer o que Deus quer.
Oferecer no meio das preocupações e dificuldades
o sacrifício da tua alma simples, que apesar de tudo
aceita os desígnios da Sua providência.
Pouco importa se te consideras um frustrado
se Deus te considera plenamente realizado, ao Seu gosto.
Perde-te, confiando cegamente, nesse Deus  que te quer exactamente assim.
E que virá a ti, mesmo que O não vejas.
Pensa que estás nas Suas mãos, tanto mais fortemente agarrado 

quanto mais apático e triste estiveres.
Vive feliz. Imploro-te. Vive em paz.
Que nada te possa perturbar.
Que nada te consiga tirar a tua paz.
Nem a fadiga mental. Nem as falhas morais.
Faz com que brote, e mantém-no sempre no teu rosto, um sorriso doce, reflexo daquele que o Senhor 

te dirige continuamente.
E no fundo da tua alma coloca, em primeiro lugar,
como fonte de energia e critério de verdade,
tudo aquilo que te enche da paz de Deus.
Lembra-te: tudo aquilo que te deprima e inquiete é falso.
Isto te asseguro em nome das leis da vida e das promessas de Deus.
Portanto, quando te sintas desolado, triste, adora e confia.


Teilhard de Chardin
Pintura: Arcabás


15 janeiro 2014

Os Profissionais

A nossa Comunidade...

A história da nossa Comunidade remonta a 1984, e formou-se numa linha de continuidade da caminhada CVX, anteriormente iniciada em Coimbra por alguns elementos, então estudantes universitários.
Desde logo escolhemos para nome do grupo “Profissionais”, pelo facto de todos os elementos já se encontrarem a exercer uma profissão, e ser para nós claro que ela deveria ser marcada pelos valores humanos e evangélicos, a que a CVX nos desafiava.
Se, numa fase inicial, a comunidade esteve centrada no seu crescimento espiritual, e no aprofundamento da Espiritualidade Inaciana, pouco a pouco foi sendo discernida em grupo, a necessidade de uma intervenção concreta, em diversos aspectos da vida, onde cada qual e de uma forma mais esclarecida, tem sido chamado a intervir.
A nossa missão ou serviço tem assumido diversas formas: nas paróquias, através do serviço à Catequese e animação de grupos CVX, no testemunho pessoal, dos valores humanos e evangélicos, quer na profissão, quer na convivência na sociedade onde nos sentimos integrados e atuantes também em organizações civis, religiosas e políticas.
Em cada ano que passou, fomos sentindo cada vez mais a exigência de professar a nossa fé de uma forma esclarecida e refletida e de estarmos atentos e abertos aos desafios que a Comunidade nos coloca, tanto a nível local como nacional.
Foi também nesse espírito que sentimos que era chegada a hora de trazer à existência a “Região Beira Interior”, para a qual o nosso assistente e os elementos do nosso grupo deram o seu contributo inicial.
Foram-se criando outros grupos na Covilhã e mais um em Castelo Branco e presentemente somos quatro grupos cheios de história, desejo de crescimento e muitas atividades conjuntas.
A Cvx “Profissionais” foi recentemente renovada e somos agora onze: Alice Matos, Celina Pires, Isabel Fael, Joel Rodrigues, Maria do Carmo Abrantes, Maria José Soares, Paulo Fael, Paulo Lopes, Vítor Santos, Susel Fonseca e o Padre Manuel Vaz Pato é o nosso Guia.

Alguns passos...