A nossa Comunidade é formada por cristãos: homens e mulheres, adultos e jovens, de todas as condições sociais que desejam seguir Jesus Cristo mais de perto e trabalhar com Ele na construção do Reino, e reconheceram na CVX a sua particular vocação na Igreja (PG4)

27 dezembro 2012

Natal



O Filho de Deus vem ao mundo e não encontra abrigo, nos palácios e nas hospedarias do seu tempo, nem sequer tem a sorte de nascer em casa própria ou alugada! Na verdade, só por amor, o Deus Altíssimo, podia sujeitar-se ao desconforto de um sem-abrigo! Mas é isto mesmo, a sua nua e crua fragilidade humana, que servirá de sinal, aos pastores, ao grupo social dos «sem-abrigo» daquela época: “encontrareis um Menino recém-nascido, envolto em panos e deitado numa manjedoura” (Lc.2,12). Ele não se impõe; jamais entra à força, mas, como uma criança, pede para entrar, ser ouvido, acolhido, cuidado com amor!




(postado por Alice Matos)

15 dezembro 2012

ADVENTO UM CAMINHO A PREPARAR…



A arte é a melhor forma de comunicar a fé
Marko Rupni

É tempo de esperar.
Outra vez.


A cada ano que passa, há algo que muda. Algo que se transforma.
Fico muitas vezes sem saber quem é que nesta história espera por quem?
Quem é que está grávido? Quem é que passa pelas dores de parto? Quem é que é chamado a uma nova vida?

Ano após ano sou arrasado por esta história de Amor entre Deus e o seu povo. Entre Deus e eu.
Nunca vou chegar à altura deste Amor.
Mas, Advento após a Advento, vou tornando a manjedoura que é o meu coração, um pouco mais quente e verdadeira, para O receber.

Que este Natal a que todos somos convidados não cesse de acontecer no nosso coração.

João de Lima
www.essejota.net



(postado por Alice Matos)

15 novembro 2012

05 novembro 2012

Falando do passeio CVX



Passeio CVX 2012
Nos dias 27 e 28 de outubro de 2012 realizou-se mais um Passeio da CVX-BI, desta feita com destino a terras do Minho: Guimarães e Braga. Entre membros CVX, familiares e amigos éramos um grupo de 23 pessoas que aceitámos o convite da CVX-BI para um momento de passeio, descoberta e convívio, acompanhados pelo nosso assistente regional, Pe. Hermínio Vitorino, sj.
A primeira paragem foi Guimarães, capital europeia da cultura, onde visitámos a Penha. Ali perto encontra-se a Casa de Sicar, um espaço de acolhimento, interioridade e criatividade pertencente a uma Fundação, criado no seio da Igreja, vocacionado para acolher pessoas que queiram cuidar da vida espiritual, procurando o encontro consigo próprias e com Deus. Nesse espaço, o nosso grupo foi amavelmente acolhido pela Alzira Fernandes, que nos abriu as portas da Casa de Sicar, onde para além de podermos partilhar a merenda, pudemos disfrutar de um belo local onde sobressai o valor da simplicidade e do serviço ao próximo.
Ainda nessa tarde fomos até ao centro da cidade de Guimarães onde fizemos um pequeno passeio pela zona histórica. Passámos em Braga, onde se seguiu uma visita guiada à capela “Árvore da Vida”, no Seminário Conciliar de Braga. Esta capela foi construída em 2010, toda em madeira, tendo sido recentemente reconhecida com o prémio “Edifício do Ano 2011”, por um site de arquitetura (ArchDaily). O Pe. Joaquim Félix, vice-reitor deste seminário e também um dos principais responsáveis da conceção da capela, levou-nos a conhecê-la, explicando-nos, com sabedoria, que ali cada detalhe foi pensado e inspirado na Bíblia, num permanente diálogo entre a Arte e a Teologia.
A noite começava a cair e rumámos até à Casa da Torre, no Soutelo, onde nos aguardavam quatro elementos CVX de Braga (nomeadamente do grupo Krysis) que nos acolheram com entusiasmo e com quem nos sentimos em “família alargada”. Jantámos e ensaiámos um serão de cantoria e boa disposição. À semelhança do que aconteceu no ano passado, no Passeio CVX a Évora, também desta vez se procurou promover o intercâmbio entre as duas regiões CVX.
Na manhã solarenga de Domingo fomos visitar o Mosteiro de São Martinho de Tibães, onde participámos na Eucaristia Dominical. Este Mosteiro foi fundado em finais do século XI, tendo sido ocupado no século XII pelos Beneditinos, vindo a tornar-se a Casa Mãe daquela ordem para Portugal e Brasil. Com a extinção das ordens religiosas masculinas foi parcialmente vendido em hasta pública tendo sido readquirido em 1986 pelo Estado Português que procedeu recentemente à sua recuperação.
Seguimos para Braga, onde almoçámos e passeámos pelas principais ruas da cidade (Jardins de Santa Bárbara, Sé Catedral), na companhia do Pe. José Frazão, sj que veio, simpaticamente, ao nosso encontro.
Chegava a hora da despedida e da partida, depois de um fim de semana bem passado, em boa companhia, ficando aqui o nosso bem-haja a todos quantos proporcionaram este momento de passeio, descoberta, convívio e acolhimento.
Ana Teresa Brás







(postado por Alice Matos)

30 setembro 2012

Reflexão



Sonata de Outono 
E o outono vai-se instalando. A princípio nem parece uma estação. É quase um estado de alma, este tempo assim um pouco vago, em declive delicado, com a chuva ainda rala (mesmo se em alguns dias chega por aí aos tropeções) e o vento que parece um miúdo a aprender a assobiar. Olhamos com íntima estranheza para a brevidade destes primeiros dias, dos quais já não nos lembrávamos. Nas árvores, as folhas tremeluzem, indecisas e iluminadas, transmutadas em incríveis tonalidades. Os frutos têm perfume e sabores densos, tão diferentes daqueles que se saboreiam no verão.
Lembro-me de um poema de Miguel Torga, que gosto de pôr a tocar como uma pequena sonata de outono:

O que é bonito neste mundo e anima,
é ver que na vindima
de cada sonho
fica a cepa a sonhar outra aventura...
E que a doçura que se não prova
se transfigura
numa doçura
muito mais pura
e muito mais nova

Neste arranque de outono, deixo-me demorar nas palavras: "a doçura que se não prova". Tendo o privilégio de acompanhar a vida de muitas pessoas, sei que esta não é uma questão que se possa iludir. Há um momento na nossa vida, ou há momentos nela, em que fazendo um balanço, sentimos que ficámos aquém dos nossos próprios sonhos. Há dias e estações da nossa vida em que nos sentimos mendigos de nós mesmos. Esperávamos isto e aquilo que não aconteceu.
Desejávamos uma plenitude, uma fulgurância, um clarão e o que temos é uma estreita e baça normalidade. Sentimo-nos, sem saber bem como, a viver sob tetos baixos. Há uma espécie de doçura prometida que nos escapa, que fica adiada, que começamos talvez a julgar que já não será para nós, tão inacessível nos assoma. Por vezes, este sentimento vem aos 70 ou aos 40 anos. Mas também surge aos 20 ou aos 30. Recordo aquela frase terrivelmente verdadeira de um romance autobiográfico de Marguerite Duras: «Muito cedo na minha vida foi tarde de mais». Esta difusa melancolia, este sentir que a luz que interiormente nos alumia se tornou fosca e sem alcance são experiências muito alargadas. Por isso se diz que não dependem propriamente da idade os outonos interiores que atravessamos.
Existem é modos diferentes de encarar essa experiência, que, no fundo, nos é tão intrínseca e comum. Podemos desistir simplesmente de esperar, e largamos a vida no parque de estacionamento do pragmatismo mais raso. Podemos trocar a doçura que não conseguimos, por um tipo de acidez quotidiana, uma desconfiança sistemática a que nada nem ninguém escapam, e que se vai espalhando, entre a ironia e o desalento, contaminando tudo. Ou podemos, e esse é o olhar mais necessário, perceber que «a doçura que se não prova/se transfigura numa doçura/muito mais pura/e muito mais nova».

O outono não é, portanto, o fim da história. Se o soubermos agarrar, é sim um ponto de partida avançado, que nos permite essa coisa urgente que é a "transfiguração" da vida, através de um paciente e esperançoso trabalho interior.

José Tolentino Mendonça
Foto: Serra da Estrela  


(postado por Alice Matos)

24 setembro 2012

Inicio do ano CVX



A Comunidade de Vida Cristã da Beira Interior reuniu-se no passado dia 15 de Setembro, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, para dar início a mais um ano CVX.
Todos os grupos marcaram presença neste “recomeço de caminhada” que serviu para conhecer e discutir o Plano de Actividades que a Equipa Regional preparou para o ano de 2012/2013. Em união com toda a Igreja, a CVX-BI deseja que este ano seja, para todos e cada um, um ANO de renovação, fortalecimento e maturidade DA FÉ!
Seguiu-se a Eucaristia, que foi celebrada na Capela de Santo Inácio de Loiola, sob o olhar terno de Nossa Senhora e com a participação de todos (até dos mais pequeninos…).
Reforçados no sentido de comunidade e animados pelo Pe. Hermínio Vitorino a reflectir, neste início de ano, sobre quem é realmente Jesus Cristo para nós... encerrámos a tarde, com um pequeno e delicioso lanche.






(postado por Alice Matos)

03 junho 2012

As Três Pessoas Divinas, contemplando toda a Humanidade...



As Três Pessoas Divinas, contemplando toda a Humanidade, em tantas divisões pecaminosas, decidem dar-se completamente a todos os homens e mulheres e libertá-los de todas as escravidões. Por amor, o Verbo encarnou e nasceu de Maria, a Virgem pobre de Nazaré. Inserido entre os pobres e partilhando com eles a sua condição, Jesus convida-nos a todos a entregarmo-nos continuamente a Deus e a instaurar a unidade no seio da família humana. Este dom de Deus e a nossa resposta continuam, no presente, sob a acção do Espírito Santo em todas as nossas circunstâncias particulares. Por isso, nós, membros da Comunidade de Vida Cristã, escrevemos estes Princípios Gerais para nos ajudarem a fazer nossas as opções de Jesus Cristo e a participar por Ele, com Ele e n’Ele, nesta iniciativa amorosa que expressa a fidelidade de Deus prometida para sempre.
Princípios Gerais a Cvx – Preâmbulo 1


Oração à Santíssima Trindade

Ó Trindade sobrenatural

Divina e Amável como ninguém
protetora da divina sapiência dos cristãos.

 Conduz-nos para lá da luz, sim
mas também para lá da nossa ignorância
até ao mais alto cimo
das místicas Escrituras,

 lá onde os mistérios simples,
absolutos e incorruptíveis da teologia,
se revelam na sombra
mais que luminosa
do silêncio.

 No silêncio se aprendem os segredos desta sombra
da qual bem pouco é dizer que brilha
qual luz deslumbrante
no seio da extrema obscuridade.

 Mesmo se permanece
intocável nessa perfeição que não vemos
enche dos esplendores mais belos da beleza
as inteligências que sabem fechar os olhos.

 Esta é a minha oração.

Dionísio, o Areopagita (atrib.)

Fonte Pastoral da Cultura  

(postado por Alice Matos)

31 maio 2012

Esperança: recusa do discurso fácil - Hermínio Rico, sj


Pede-se um discurso de esperança. Pede-se em especial à Igreja. Fica cada cristão com o desafio de ajudar a dar sentido às dificuldades de todos e de aumentar o ânimo colectivo. A fé cristã tem recursos para transmitir essa esperança, acredita-se. E é verdade. Mas é preciso ter cuidado para não cair rapidamente num discurso fácil, nas aparências muito cheio de fé, mas de facto vazio e sem poder mobilizador, podendo até correr o risco de ser alienante. Um discurso muito pouco cristão, portanto. Oferta muito fraca seria.
A esperança cristã não é uma simples crença que tudo vai correr bem, roçando a superstição numa enigmática sorte que, vinda do céu, acabará por nos cair nas mãos. Ou um mero exercício de credulidade que passivamente assegura que Deus nos virá resolver todas as dificuldades. A esperança cristã não é uma aposta na probabilidade de um milagre exterior. É, isso sim, chamamento a uma abertura confiante à responsabilidade. A esperança não promete mudar nada por fora, mas muda radicalmente a atitude da pessoa por dentro, no modo como encara os desafios exteriores e lhes responde. A esperança cristã não altera a realidade em que a pessoa vive, mas transforma profundamente a forma como a pessoa vive essa realidade.

O fundamento da esperança cristã é o poder da presença activa de Deus. Mas onde se mostra esse poder? A esperança cristã não assenta numa convicção que Deus nos vai tornar as coisas mais fáceis. Antes, acredita – e ao acreditar vai experimentando – que Deus nos dá a força para arrostar mesmo com as coisas mais difíceis. Aposta que, na abertura à relação com Ele, encontraremos confiança e resiliência para não temer e nunca desistir. E isso vai-nos dando a certeza que nada nos destruirá, porque o poder que nos sustenta é sempre mais forte.

A esperança salva-nos, antes de mais, da paralisia do medo e da lamentação, da tentação da fuga e da descrença nas nossas próprias capacidades. Ao defender-nos do cepticismo, no entanto, não nos desviar o olhar da realidade, em toda a sua dura e crua verdade. Sem nos dispensar dum realismo pragmático, a esperança chama à responsabilidade, ao empenho, e mesmo ao sacrifício, e exige iniciativa, criatividade, acção.

A acção que se nos impõe pode pedir-nos despojamento, retorno a um estilo de vida mais austero. Esperança não é fazer-nos crer que não perderemos nada, mas assegurarmo-nos que, mesmo que tenhamos de prescindir de muito do que consideramos imprescindível, há vida e gosto por ela bem para lá dessa privação.

A esperança não esconde a crise nem a pinta de outras cores. Mas não nos permite não fazer nada, antes nos impele a agir, mesmo na fragilidade da falta de soluções garantidas. Fragilidade não é impotência, é apenas convite a mover-se por um poder que não possuímos completamente. Esse poder, se nos deixamos conduzir por ele, logo nos dirá que, mesmo na fragilidade, somos mais fortes que as crises e acordará em nós capacidades desconhecidas. Esse é o poder da esperança: desloca a nossa confiança para um fundamento muito mais sólido do que o nosso ilusório domínio sobre todas as coisas.

A esperança cristã é uma esperança pascal, de passagem de morte a ressurreição. Passagem é começar num lado e chegar até ao outro, mas é preciso percorrer todos os passos intermédios. A passagem pascal não inventa atalhos nem se desvia da dureza do caminho, mas encontra força para ir até ao fim, provando que a vida movida pelo amor é mais forte do que cada uma a uma das ameaças que a confrontam. A esperança pascal não anula as tribulações, mas dá força para as superar. Afirma-nos que somos capazes. E aponta o triunfo de Jesus ressuscitado como fundamento e garantia.

A esperança põe-nos em atitude de passagem. Mas só há passagem se não recuamos nem paramos. Para a frente. Vamos!

23.10.2011

http://www.vozdaverdade.org 


(postado por Alice Matos)

Exercícios Espirituais


Continuam abertas as inscrições, venha fazer esta experiência de intimidade com Deus.

10 abril 2012

Ressuscitou! O túmulo está vazio....



«No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo logo de manhã, ainda escuro, e viu retirada a pedra que o tapava. Correndo, foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-lhes: «O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.» Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao túmulo.  Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao túmulo.  Inclinou-se para observar e reparou que os panos de linho estavam espalmados no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver os panos de linho espalmados no chão,  ao passo que o lenço que tivera em volta da cabeça não estava espalmado no chão juntamente com os panos de linho, mas de outro modo, enrolado noutra posição.  Então, entrou também o outro discípulo, o que tinha chegado primeiro ao túmulo. Viu e começou a crer,  pois ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos. A seguir, os discípulos regressaram a casa.» Jo 20,1-10 

Ressuscitou! Não está aqui! Ide dizer aos irmãos que ele os encontrará na Galileia como tinha dito.  
É este o grande milagre… Jesus Cristo ressuscitou!

Santo Inácio no início de sua oração, rezava assim: “Senhor, que todas as minhas intenções, ações e operações sejam ordenadas puramente para o serviço e louvor de sua divina Majestade”   (EE 46 ).
Pedir o que quero:  que a ressurreição de Jesus seja uma verdade-viva e que
a alegria e a força do Ressuscitado me impulsionem para os irmãos como impulsionaram Maria Madalena e os discípulos...

(postado por Alice Matos)

05 abril 2012

Em tudo amar...



Jesus, ao lavar os pés de seus amigos revela-nos uma nova forma de amor e diz-nos que toda sua vida se resume em “amar e servir ”. Um amor que não se cansa (São João da Cruz) 


Pintura: Lava-pés Giovanni Agostino da Lodi 

(postado por Alice Matos)


04 março 2012

Transfiguração


entremos mais dentro da espessura,
façamos uma tenda, uma pausa breve
que antecipe a Páscoa
e nos esclareça
acerca do segredo e da glória de Deus inacessível
na face do Cristo, ícone de Deus

vinde, escalemos a montanha do Senhor,
o universo inteiro foi santificado
pela luz que o resgatou da transfiguração:
hoje o Cristo foi transformado na glória do Tabor

que nos ilumine a luz do seu conhecimento
nos carreiros da vida
e nos purifique do que a sombra
em nós escureceu

que a coluna de fogo que revelou a Moisés
o Cristo transfigurado
nos purifique desta sombra e deste escuro
pratiquemos este lugar e esta hora
porque este é o tempo da ficção do rosto,
o tempo de repensar feridas
e refigurar o chão das coisas,
o seu uso e a sua banalidade

vinde, conversai com o Espírito
e a brisa ligeira vos refresque o rosto
vinde, conversai com Maria,
o paraíso místico
ela nos ensine a beleza do canto
e a beleza desta hora

Fr. José Augusto Mourão

(postado por Alice Matos)

25 fevereiro 2012

QUARESMA

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA BENTO XVI
  
«Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras» (Heb 10, 24)

Irmãos e irmãs!
A Quaresma oferece-nos a oportunidade de reflectir mais uma vez sobre o cerne da vida cristã: o amor. Com efeito este é um tempo propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitário de fé. Trata-se de um percurso marcado pela oração e a partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal.
Desejo, este ano, propor alguns pensamentos inspirados num breve texto bíblico tirado da Carta aos Hebreus: «Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras» (10, 24). Esta frase aparece inserida numa passagem onde o escritor sagrado exorta a ter confiança em Jesus Cristo como Sumo Sacerdote, que nos obteve o perdão e o acesso a Deus. O fruto do acolhimento de Cristo é uma vida edificada segundo as três virtudes teologais: trata-se de nos aproximarmos do Senhor «com um coração sincero, com a plena segurança da fé» (v. 22), de conservarmos firmemente «a profissão da nossa esperança» (v. 23), numa solicitude constante por praticar, juntamente com os irmãos, «o amor e as boas obras» (v. 24). Na passagem em questão afirma-se também que é importante, para apoiar esta conduta evangélica, participar nos encontros litúrgicos e na oração da comunidade, com os olhos fixos na meta escatológica: a plena comunhão em Deus (v. 25). Detenho-me no versículo 24, que, em poucas palavras, oferece um ensinamento precioso e sempre actual sobre três aspectos da vida cristã: prestar atenção ao outro, a reciprocidade e a santidade pessoal.
1. «Prestemos atenção»: a responsabilidade pelo irmão.
O primeiro elemento é o convite a «prestar atenção»: o verbo grego usado é katanoein, que significa observar bem, estar atento, olhar conscienciosamente, dar-se conta de uma realidade. Encontramo-lo no Evangelho, quando Jesus convida os discípulos a «observar» as aves do céu, que não se preocupam com o alimento e todavia são objecto de solícita e cuidadosa Providência divina (cf. Lc 12, 24), e a «dar-se conta» da trave que têm na própria vista antes de reparar no argueiro que está na vista do irmão (cf. Lc 6, 41). Encontramos o referido verbo também noutro trecho da mesma Carta aos Hebreus, quando convida a «considerar Jesus» (3, 1) como o Apóstolo e o Sumo Sacerdote da nossa fé. Por conseguinte o verbo, que aparece na abertura da nossa exortação, convida a fixar o olhar no outro, a começar por Jesus, e a estar atentos uns aos outros, a não se mostrar alheio e indiferente ao destino dos irmãos. Mas, com frequência, prevalece a atitude contrária: a indiferença, o desinteresse, que nascem do egoísmo, mascarado por uma aparência de respeito pela «esfera privada». Também hoje ressoa, com vigor, a voz do Senhor que chama cada um de nós a cuidar do outro. Também hoje Deus nos pede para sermos o «guarda» dos nossos irmãos (cf. Gn 4, 9), para estabelecermos relações caracterizadas por recíproca solicitude, pela atenção ao bem do outro e a todo o seu bem. O grande mandamento do amor ao próximo exige e incita a consciência a sentir-se responsável por quem, como eu, é criatura e filho de Deus: o facto de sermos irmãos em humanidade e, em muitos casos, também na fé deve levar-nos a ver no outro um verdadeiro alter ego, infinitamente amado pelo Senhor. Se cultivarmos este olhar de fraternidade, brotarão naturalmente do nosso coração a solidariedade, a justiça, bem como a misericórdia e a compaixão. O Servo de Deus Paulo VI afirmava que o mundo actual sofre sobretudo de falta de fraternidade: «O mundo está doente. O seu mal reside mais na crise de fraternidade entre os homens e entre os povos, do que na esterilização ou no monopólio, que alguns fazem, dos recursos do universo» (Carta enc. Populorum progressio, 66).
A atenção ao outro inclui que se deseje, para ele ou para ela, o bem sob todos os seus aspectos: físico, moral e espiritual. Parece que a cultura contemporânea perdeu o sentido do bem e do mal, sendo necessário reafirmar com vigor que o bem existe e vence, porque Deus é «bom e faz o bem» (Sal 119/118, 68). O bem é aquilo que suscita, protege e promove a vida, a fraternidade e a comunhão. Assim a responsabilidade pelo próximo significa querer e favorecer o bem do outro, desejando que também ele se abra à lógica do bem; interessar-se pelo irmão quer dizer abrir os olhos às suas necessidades. A Sagrada Escritura adverte contra o perigo de ter o coração endurecido por uma espécie de «anestesia espiritual», que nos torna cegos aos sofrimentos alheios. O evangelista Lucas narra duas parábolas de Jesus, nas quais são indicados dois exemplos desta situação que se pode criar no coração do homem. Na parábola do bom Samaritano, o sacerdote e o levita, com indiferença, «passam ao largo» do homem assaltado e espancado pelos salteadores (cf. Lc 10, 30-32), e, na do rico avarento, um homem saciado de bens não se dá conta da condição do pobre Lázaro que morre de fome à sua porta (cf. Lc 16, 19). Em ambos os casos, deparamo-nos com o contrário de «prestar atenção», de olhar com amor e compaixão. O que é que impede este olhar feito de humanidade e de carinho pelo irmão? Com frequência, é a riqueza material e a saciedade, mas pode ser também o antepor a tudo os nossos interesses e preocupações próprias. Sempre devemos ser capazes de «ter misericórdia» por quem sofre; o nosso coração nunca deve estar tão absorvido pelas nossas coisas e problemas que fique surdo ao brado do pobre. Diversamente, a humildade de coração e a experiência pessoal do sofrimento podem, precisamente, revelar-se fonte de um despertar interior para a compaixão e a empatia: «O justo conhece a causa dos pobres, porém o ímpio não o compreende» (Prov 29, 7). Deste modo entende-se a bem-aventurança «dos que choram» (Mt 5, 4), isto é, de quantos são capazes de sair de si mesmos porque se comoveram com o sofrimento alheio. O encontro com o outro e a abertura do coração às suas necessidades são ocasião de salvação e de bem-aventurança.
O facto de «prestar atenção» ao irmão inclui, igualmente, a solicitude pelo seu bem espiritual. E aqui desejo recordar um aspecto da vida cristã que me parece esquecido: a correcção fraterna, tendo em vista a salvação eterna. De forma geral, hoje é-se muito sensível ao tema do cuidado e do amor que visa o bem físico e material dos outros, mas quase não se fala da responsabilidade espiritual pelos irmãos. Na Igreja dos primeiros tempos não era assim, como não o é nas comunidades verdadeiramente maduras na fé, nas quais se tem a peito não só a saúde corporal do irmão, mas também a da sua alma tendo em vista o seu destino derradeiro. Lemos na Sagrada Escritura: «Repreende o sábio e ele te amará. Dá conselhos ao sábio e ele tornar-se-á ainda mais sábio, ensina o justo e ele aumentará o seu saber» (Prov 9, 8-9). O próprio Cristo manda repreender o irmão que cometeu um pecado (cf. Mt 18, 15). O verbo usado para exprimir a correcção fraterna – elenchein – é o mesmo que indica a missão profética, própria dos cristãos, de denunciar uma geração que se faz condescendente com o mal (cf. Ef 5, 11). A tradição da Igreja enumera entre as obras espirituais de misericórdia a de «corrigir os que erram». É importante recuperar esta dimensão do amor cristão. Não devemos ficar calados diante do mal. Penso aqui na atitude daqueles cristãos que preferem, por respeito humano ou mera comodidade, adequar-se à mentalidade comum em vez de alertar os próprios irmãos contra modos de pensar e agir que contradizem a verdade e não seguem o caminho do bem. Entretanto a advertência cristã nunca há-de ser animada por espírito de condenação ou censura; é sempre movida pelo amor e a misericórdia e brota duma verdadeira solicitude pelo bem do irmão. Diz o apóstolo Paulo: «Se porventura um homem for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi essa pessoa com espírito de mansidão, e tu olha para ti próprio, não estejas também tu a ser tentado» (Gl 6, 1). Neste nosso mundo impregnado de individualismo, é necessário redescobrir a importância da correcção fraterna, para caminharmos juntos para a santidade. É que «sete vezes cai o justo» (Prov 24, 16) – diz a Escritura –, e todos nós somos frágeis e imperfeitos (cf. 1 Jo 1, 8). Por isso, é um grande serviço ajudar, e deixar-se ajudar, a ler com verdade dentro de si mesmo, para melhorar a própria vida e seguir mais rectamente o caminho do Senhor. Há sempre necessidade de um olhar que ama e corrige, que conhece e reconhece, que discerne e perdoa (cf. Lc 22, 61), como fez, e faz, Deus com cada um de nós.
2. «Uns aos outros»: o dom da reciprocidade.
O facto de sermos o «guarda» dos outros contrasta com uma mentalidade que, reduzindo a vida unicamente à dimensão terrena, deixa de a considerar na sua perspectiva escatológica e aceita qualquer opção moral em nome da liberdade individual. Uma sociedade como a actual pode tornar-se surda quer aos sofrimentos físicos, quer às exigências espirituais e morais da vida. Não deve ser assim na comunidade cristã! O apóstolo Paulo convida a procurar o que «leva à paz e à edificação mútua» (Rm 14, 19), favorecendo o «próximo no bem, em ordem à construção da comunidade» (Rm 15, 2), sem buscar «o próprio interesse, mas o do maior número, a fim de que eles sejam salvos» (1 Cor 10, 33). Esta recíproca correcção e exortação, em espírito de humildade e de amor, deve fazer parte da vida da comunidade cristã.
Os discípulos do Senhor, unidos a Cristo através da Eucaristia, vivem numa comunhão que os liga uns aos outros como membros de um só corpo. Isto significa que o outro me pertence: a sua vida, a sua salvação têm a ver com a minha vida e a minha salvação. Tocamos aqui um elemento muito profundo da comunhão: a nossa existência está ligada com a dos outros, quer no bem quer no mal; tanto o pecado como as obras de amor possuem também uma dimensão social. Na Igreja, corpo místico de Cristo, verifica-se esta reciprocidade: a comunidade não cessa de fazer penitência e implorar perdão para os pecados dos seus filhos, mas alegra-se contínua e jubilosamente também com os testemunhos de virtude e de amor que nela se manifestam. Que «os membros tenham a mesma solicitude uns para com os outros» (1 Cor 12, 25) – afirma São Paulo –, porque somos um e o mesmo corpo. O amor pelos irmãos, do qual é expressão a esmola – típica prática quaresmal, juntamente com a oração e o jejum – radica-se nesta pertença comum. Também com a preocupação concreta pelos mais pobres, pode cada cristão expressar a sua participação no único corpo que é a Igreja. E é também atenção aos outros na reciprocidade saber reconhecer o bem que o Senhor faz neles e agradecer com eles pelos prodígios da graça que Deus, bom e omnipotente, continua a realizar nos seus filhos. Quando um cristão vislumbra no outro a acção do Espírito Santo, não pode deixar de se alegrar e dar glória ao Pai celeste (cf. Mt 5, 16).
3. «Para nos estimularmos ao amor e às boas obras»: caminhar juntos na santidade.
Esta afirmação da Carta aos Hebreus (10, 24) impele-nos a considerar a vocação universal à santidade como o caminho constante na vida espiritual, a aspirar aos carismas mais elevados e a um amor cada vez mais alto e fecundo (cf. 1 Cor 12, 31 – 13, 13). A atenção recíproca tem como finalidade estimular-se, mutuamente, a um amor efectivo sempre maior, «como a luz da aurora, que cresce até ao romper do dia» (Prov 4, 18), à espera de viver o dia sem ocaso em Deus. O tempo, que nos é concedido na nossa vida, é precioso para descobrir e realizar as boas obras, no amor de Deus. Assim a própria Igreja cresce e se desenvolve para chegar à plena maturidade de Cristo (cf. Ef 4, 13). É nesta perspectiva dinâmica de crescimento que se situa a nossa exortação a estimular-nos reciprocamente para chegar à plenitude do amor e das boas obras.
Infelizmente, está sempre presente a tentação da tibieza, de sufocar o Espírito, da recusa de «pôr a render os talentos» que nos foram dados para bem nosso e dos outros (cf. Mt 25, 24-28). Todos recebemos riquezas espirituais ou materiais úteis para a realização do plano divino, para o bem da Igreja e para a nossa salvação pessoal (cf. Lc 12, 21; 1 Tm 6, 18). Os mestres espirituais lembram que, na vida de fé, quem não avança, recua. Queridos irmãos e irmãs, acolhamos o convite, sempre actual, para tendermos à «medida alta da vida cristã» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31). A Igreja, na sua sabedoria, ao reconhecer e proclamar a bem-aventurança e a santidade de alguns cristãos exemplares, tem como finalidade também suscitar o desejo de imitar as suas virtudes. São Paulo exorta: «Adiantai-vos uns aos outros na mútua estima» (Rm 12, 10).
Que todos, à vista de um mundo que exige dos cristãos um renovado testemunho de amor e fidelidade ao Senhor, sintam a urgência de esforçar-se por adiantar no amor, no serviço e nas obras boas (cf. Heb 6, 10). Este apelo ressoa particularmente forte neste tempo santo de preparação para a Páscoa. Com votos de uma Quaresma santa e fecunda, confio-vos à intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria e, de coração, concedo a todos a Bênção Apostólica.
Vaticano, 3 de Novembro de 2011

BENEDICTUS PP. XVI

01 fevereiro 2012

DEAA - Discernir, Enviar, Apoiar e Avaliar






Tal como previsto no Plano de Actividades 2011-2012, teve lugar no passado sábado, dia 21 de Janeiro, o Encontro DEAA que decorreu na Igreja de S. Tiago, na Covilhã. Este encontro, orientado pela Teresa Cardoso que integra a Equipa Nacional e a Equipa de Formação, incidiu sobre os chamados “verbos de Nairobi”, discernir, enviar, apoiar e avaliar.
Na sua exposição a Teresa começou por nos situar na dinâmica do processo de crescimento em CVX centrando depois a nossa atenção na 4ª etapa, a do Discernimento Apostólico: é o horizonte de toda a vida em CVX; sem ele, estagna-se, como referiu. É através desta etapa que se passa para a concretização do Corpo Apostólico ao serviço da missão comum. E o que é esta missão comum? Não é levar os membros de uma comunidade a fazerem todos as mesmas coisas e a viverem a sua missão apenas como uma missão realizada em grupo. Como referiu, a união decorre muito mais da comunhão de modo de proceder e de estilo de vida do que de uniformidades externas.
Em seguida levou-nos a uma melhor compreensão do conceito de discernimento, evoluindo depois para o estabelecer de um paralelismo entre o discernimento individual e o discernimento comunitário através da continuidade entre o exame pessoal e o exame comunitário. Chamou a atenção para o facto do exame poder ser encarado como um círculo apostólico, com os seus quatro passos: discernimos, isto é, identificamos onde Deus mais nos falou; em oração avaliamos a qualidade da nossa resposta; pedimos apoio para ver bem e para crescer em fidelidade; e aceitamos o envio para continuar em missão no dia seguinte.
É esta dinâmica que nos é proposta para seguir no pequeno grupo em que, a uma primeira ronda de partilhas se segue um tempo de reflexão silenciosa, a fim de permitir ecoar em cada um o que mais o tocou, o desafiou, ou que resposta daria um sentido mais pleno à sua vida ou à sua comunidade. Sem discutir, seguir-se-á então um novo momento de partilha, confiando em que o Espírito guiará o grupo. Daqui resultará um outro nível de discernimento, de atenção e de valorização das moções que foram surgindo. Assim, ao exercitar a responsabilidade partilhada, ao mesmo tempo que se vai percebendo como Deus se serve da comunidade para ir moldando as contribuições individuais em missão de um corpo, cresce o sentido de missão comum. Dizer Círculo Apostólico ou DEAA será assim o mesmo que dizer Exame Apostólico Comunitário. Esta é a forma que a CVX hoje propõe para completar a unidade entre vocação pessoal e comunitária, pelo uso de ferramentas inacianas que permitem buscar e encontrar a Deus em todas as coisas.
Concluindo, sem a prática do Exame Apostólico Comunitário/Círculo Apostólico/DEAA, corre-se o perigo de separar a vida apostólica individual da vida comunitária em CVX, reduzindo esta a uma partilha espiritual e enfraquecendo o pilar apostólico”.
Amélia Monteiro


(postado por Alice Matos)

18 janeiro 2012

Que Missão...

Plano Atividades 2011-2012

Abertura do Ano CVX
25 setembro (dom.)
Eleições para a Equipa Regional
H Residência Jesuítas S.Tiago (Covilhã).

Passeio CVX-BI
22 e 23 outubro (Sáb. e Dom.)
Évora (intercâmbio com Região Além-Tejo)
! Pré-inscrição até 14 outubro (20 euros)
v Deslocação em veículos próprios.

Curso de Animadores
11 a 13 e 25 a 27 novembro
H Fátima. Programa a informar

Ceia de Natal
11 dezembro (dom.)
Eucaristia (16h00)
H Residência Jesuítas (Covilhã)

Encontro DEAA
21 janeiro (sáb.)
H Residência Jesuítas S.Tiago (Covilhã).

Rezar com S. Inácio de Loyola
09 a 11 março (6ªf a dom.)
F Com Pe.Hermínio Vitorino, sj
H Residência Jesuítas S.Tiago (Covilhã).
Dia Mundial CVX
24 março (sáb.)
H Fátima. Programa a informar
Visita da Equipa Nacional
abril - Programa a informar

Encontro de Pentecostes
05 maio (Sáb. 9h30-17h30 )
F Com Pe.Hermínio Rico,sj
H Castelo Branco

Exercícios Espirituais
07 a 10 junho (5ªf 21h a Dom.17h)
F Com Orientador a informar
H Seminário do Tortosendo
  
5ªCaminhada CVX-BI
8 julho (Dom)
Festa Encerramento 11/12
Celebração de Compromissos CVX-BI
H Programa e local a informar



(postado por Alice Matos)

Os nossos grupos


A Cvx "Grão de Mostarda" de Castelo Branco, com a sua história cheia de beleza e abertura aos outros, foi recentemente renovada e tem também novo Guia.
Dele agora fazem parte: A Amélia Monteiro,  Carla Figueiredo, Célia Mateus, Fátima Pires, Isabel Figueiredo e Silva, Sílvia Ribeiro, Sofia Preto, Susana Gonçalves e Isabel Fael (Guia).



(postado por Alice Matos)