A nossa Comunidade é formada por cristãos: homens e mulheres, adultos e jovens, de todas as condições sociais que desejam seguir Jesus Cristo mais de perto e trabalhar com Ele na construção do Reino, e reconheceram na CVX a sua particular vocação na Igreja (PG4)

30 novembro 2010

Testemunhos da nova Equipa Nacional

Amigos CVXistas da Beira Interior,

No final do passado mês de Outubro a CVX viveu um momento importante ao reunir-se em Assembleia Nacional, procurando o que significa para cada um ser profeta nos dias de hoje e como pode a CVX ser uma comunidade profética.

Desta Assembleia e do seu documento final saíram vários desafios para todos os membros CVX em geral e para mim em particular, uma vez que integro agora a nova Equipa Nacional.

Espero contribuir da melhor forma para que nos sintamos todos verdadeiramente em comunidade e, na minha pequenez, apoio-me nos vossos incentivos, contributos e orações, confiando que cada sim vacilante é correspondido por Deus com a firmeza e fidelidade da Sua Graça.
Carla Figueiredo (CVX-BI)




Deixamos aqui os testemunhos de todos os membros da Equipa Nacional:

Uma Assembleia Nacional é sempre um momento privilegiado de nos sentirmos comunidade e, ao mesmo tempo, de saborearmos a nossa extraordinária diversidade. Nesta Assembleia, para além disso, foi muito evidente, para mim, o grau de maturidade que atingimos, que se reflectiu, claramente, na qualidade dos trabalhos. Isso é muito consolador, porque somos também uma comunidade que cresceu exponencialmente em número, nos últimos anos. O que foi menos consolador, por outro lado, foi a ausência de muitos grupos, ou, nalguns casos, de quase todos os grupos de algumas regiões.

O grande desafio que se coloca a esta nova equipa nacional é, evidentemente, levar à prática aquelas que foram as conclusões e recomendações da Assembleia. Penso contudo que é muito importante que, ao fazê-lo, tenhamos em conta as dinâmicas e as fragilidades de cada região. Porque é só a partir do que somos que podemos verdadeiramente fazer caminho. Para este trabalho confiamos na Graça do Espírito Santo e no apoio de toda a comunidade.

Teresa Sabido Costa (Região Sul)



A Assembleia Nacional ficou marcada pela óptima conferência do José Maria Riera que, como bom profeta, nos encheu o coração de ânimo e de esperança. E isso notou-se bem no dinamismo e entusiasmo dos delegados.

O maior desafio de todos é nunca esquecermos que foi Deus que nos chamou e, como dizia o José Maria Riera, esse é um chamamento que consagra e que transforma. E porque é Ele quem nos dá a missão e nos capacita para ela, podemos arriscar neste projecto muito maior do que nós, de servir e ajudar a crescer a CVX-P.

Teresa Cardoso (Região Sul)


Chegámos a Fátima na noite de sexta-feira, expectantes sobre o que iria suceder, partindo cada um da sua realidade específica.
Fomos convocados para testemunhar um momento importante na vida da Comunidade.
Algumas caras já eram conhecidas, outras nem por isso, mas o sentimento era comum – procurar o Mais, avançar em comunidade, encontrar novos rumos.
O Espírito foi conduzindo os trabalhos e enchendo os corações através das conferências inspiradoras, do empenho dos grupos, das orações confiantes.
Foi uma Assembleia densa, interpelativa, consoladora.
Foi também para mim o momento de assumir uma nova missão, que procurarei levar a cabo o melhor que saiba, na simplicidade de quem se sente um pequeno instrumento nas mãos de Deus.
No fim, aquela missa de envio.
Vou continuar a trazer à memória a imagem de toda a comunidade de braços estendidos, na nossa direcção.
Vai-me ser especialmente útil quando a tentação for ficar de braços cruzados, com medo de errar.
Os braços estendidos… Uma Comunidade de braços estendidos.

Carla Figueiredo (Região da Beira Interior)



Aquilo que mais me marcou na assembleia nacional foi a significativa presença de pessoas que compareceram pela primeira vez. Pessoas interessadas, cheias de sugestões e de interrogações.

Por outro lado, também senti uma enorme vontade de renovação, de serem lançados novos desafios e da CVX ganhar corpo, principalmente através da definição das áreas de missão. Parece-me que é um passo em frente e com enormes consequências, saibamos nós agarrar esse desafio.

Como membro da equipa nacional, penso ser decisivo envolver o maior número de membros, de todo o país (chamando aqui à atenção para a importância da criação da região de Évora). Numa Equipa Nacional constituída por quatro membros de Lisboa, torna-se mais que premente uma atenção permanente ao que se vai fazendo em todas as regiões. Por outro lado, há que aproveitar e optimizar toda a energia e vontade daqueles que só agora marcam presença nas actividades da CVX.

Também há que criar estruturas que permitam colocar em prática os projectos de conjunto, na área da família, eclesiástica e social, entre outras. Há todo um desafio de envolvimento dos membros da CVX na vida desta e da referida criação de corpo que será de grande importância nos próximos 3 anos.

Esperemos estar à altura da confiança de quem nos escolheu e que também sejamos proféticos nos novos caminhos da CVX e da Igreja a que pertencemos.

Gonçalo Malheiro (Região Sul)



Fui surpreendido com a minha nomeação para a Equipa Nacional!

As tentações para a recusa começaram a desenhar-se: Tenho tempo? Porquê eu e não os outros? Não será trabalho para os mais “envolvidos”? Já tenho o meu Grupo CVX (ABBA), não é suficiente? A minha vida não ficará demasiado dividida? Tenho jeito para esta função? O que é que vou fazer?

Para estas e outras dúvidas fui obtendo algumas respostas: Afinal consigo sempre tempo para aquilo que quero e gosto; Porquê os outros e não eu; Gosto da CVX, sinto que me fez bem nestes últimos anos, talvez deva aceitar o desafio para retribuir aquilo que recebi de graça; O mundo vai para lá do meu Grupo CVX…; a minha vida não deve estar dividida entre algum tempo para Deus e o resto para mim, mas deve ser harmoniosa e uma só; E, por último, o que vou fazer é o que Deus quiser. Basta oferecer-me para a missão. Deus provê as necessidades que irão surgir.

A Assembleia Nacional deste último fim-de-semana foi um espaço onde senti a ternura de Deus manifestada através dos participantes: alegria, aproximação, entreajuda, descoberta conjunta de novos caminhos e desafios.

Afinal e como foi debatido na Assembleia de 2007, a salvação é comunitária! Deus pretende manifestar-se e quer a nossa salvação através dos outros e no nosso caso particular, através da CVX.

Espero e peço a Deus que me dê forças para poder contribuir com o melhor que tenho e posso para o crescimento da CVX.

Manuel Fraga (Região Sul)

06 novembro 2010

Assembleia Nacional CVX P 2010


11. As conclusões dos trabalhos de grupo expressaram os desejos de sermos sinais de esperança e os apelos a agirmos como profetas, mais de gestos do que de palavras e que ordenámos em cinco grandes áreas:

a. Temáticas da família: Reconhecendo a importância da família como célula base das nossas estruturas sociais, a CVX‐P sente‐se chamada, por um lado, a responder às necessidades das famílias dentro da CVX, nomeadamente facilitando a participação de toda a família nas actividades comuns. Por outro, olhando para a difícil realidade da vida familiar, a Assembleia desafia a CVX‐P a procurar alargar o âmbito da sua acção, para além das suas fronteiras. Concretamente, reconhecendo a presença já significativa da Comunidade em áreas de missão relacionadas com a família, estimula estes membros a partilhar as suas experiências e a criar oportunidades de reflexão em comum sobre estas temáticas. Desafia ainda a Comunidade a estar atenta a famílias em situação de crise e às novas realidades da família, assim como a dispensar um especial cuidado às necessidades de formação espiritual dos jovens entre os 14 e os 18 anos.

b. Estruturas eclesiais: Tendo consciência da presença significativa de membros da Comunidade no serviço paroquial e na pastoral dos Exercícios Espirituais e tendo o PG6 como pano de fundo, a Assembleia reconhece este campo apostólico como uma oportunidade de contribuição da CVX‐P, para a renovação da Igreja, através dos instrumentos da espiritualidade inaciana (oração, discernimento, imagens de Deus, etc). A Comunidade desafia estes seus membros a viverem este compromisso em crescente fidelidade ao seu carisma, procurando o envio e o acompanhamento pela Comunidade.

c. Maior aproximação à realidade dos excluídos: Temos consciência que ainda temos um longo caminho a percorrer como Comunidade, embora tenhamos testemunhos fortes neste campo, nomeadamente o apostolado nas prisões, o trabalho com os sem abrigo, o voluntariado nos hospitais, etc. A Comunidade valoriza o empenho dos membros envolvidos nestas áreas e pede a sua liderança para conduzirem a Comunidade neste caminho. A Assembleia interpela a Comunidade a tornar‐se mais aquilo que é, na definição do PG4, “Comunidade formada por cristãos (...) de todas as condições sociais (...), conscientes da necessidade premente de trabalhar pela justiça através de uma opção preferencial pelos pobres e de um estilo de vida simples.” Sentimos que isto nos exigirá trabalhar a nossa humildade, aprender a trabalhar com e não só para os outros, e procurar activamente formas de traduzir a nossa espiritualidade em linguagem mais simples.

d. Testemunho profético no meio profissional: No âmbito do testemunho pessoal, encorajamos a explorar a sabedoria inaciana do Princípio e Fundamento, Duas Bandeiras, Discernimento e Tomada de Decisão, aplicada aos contextos profissionais. A caminho de uma maior visibilidade e apoio mútuo na missão comum, percebemos a urgência de criar grupos de partilha, reflexão e apoio por áreas profissionais, dando sequência à experiência bem sucedida das Jornadas 2009 e ajudando os membros CVX a serem sinais de esperança num meio profissional fragilizado.

e. Formação e consolidação do corpo apostólico: Considerando que a Comunidade se distribui por diferentes etapas de crescimento, a Assembleia reforça a necessidade de capitalizar os diferentes programas de formação e materiais desenvolvidos durante estes últimos anos (cursos de animadores, jornadas, curso de guias, percurso de acolhimento, etc.), estimulando a Comunidade a fazer uso destes recursos. Em particular estimula‐se a Comunidade a auxiliar o discernimento vocacional de cada membro, num processo de crescimento que venha a conduzir a um maior compromisso com o corpo. A dinâmica do circulo apostólico – discernir, enviar, acompanhar e avaliar ‐ é imprescindível à construção da CVX como corpo apostólico, exigindo um especial empenho em levar a sua compreensão e utilização a todos os grupos. A experiência dos últimos anos tem mostrado insuficiente disponibilidade por parte da Comunidade em assumir cargos nas Equipas de Serviço. A Assembleia encoraja a generosidade para participar de forma activa na sustentação deste corpo.

(in Documento final Assembleia Nacional CVXP , Fátima 2010)