A nossa Comunidade é formada por cristãos: homens e mulheres, adultos e jovens, de todas as condições sociais que desejam seguir Jesus Cristo mais de perto e trabalhar com Ele na construção do Reino, e reconheceram na CVX a sua particular vocação na Igreja (PG4)

23 junho 2015

ASSEMBLEIA DE RESPONSÁVEIS 22 A 24 MAIO 2015, ÉVORA


A Assembleia de Responsáveis teve início no local onde iríamos pernoitar (Seminário de Évora) com o acolhimento aos participantes tendo como mote a leitura de JO, 20, 19-23. Esta foi lida pelo Pe. Sérgio Diz Nunes, sj e deixou umas breves notas que iriam tonificar a noite que já ia longa após a viagem feita pelas diversas equipas de serviço. Teve como graça a pedir: “Graça de me deixar levar pelo Espírito Santo”. Os discípulos estavam fechados por medo (…) o medo não nos deixa crescer (….). A CVX também se pode fechar com medo aos novos desafios… É necessário deixar Jesus entrar e ocupar o Centro – que esteja no meio de nós. A Paz não é uma simples harmonia, a Paz é um fruto, um Dom de Deus.
Jesus vem ao meio de nós para nos incentivar a sair de nós e ir ao encontro dos outros. Este movimento de envio vem desde sempre – Jesus era O enviado do Pai, nós somos os enviados de Jesus. O mais importante é deixar-nos conduzir pelo Espírito de Deus.
Imbuídos neste espírito deslocamo-nos na manhã seguinte para a Quinta Valbom (residência oficial da Comunidade Jesuíta em Évora), onde fomos muito bem recebidos pela equipa Além Tejo e pela Comunidade Jesuíta.
Tivemos como ponto de partida o texto do Papa Francisco in “A verdade é um encontro, homilias em Santa Marta”.
“ O Cristão anuncia o Evangelho mais com o seu testemunho do que com as suas palavras. E com uma dupla disposição, com diz São Tomás de Aquino: um grande ânimo, que não se assusta com as coisas grandes, que não receia seguir em frente em direção a horizontes que não acabam, e a humildade de ter em conta as coisas pequenas (…)
Foi nesta disposição que se efetuou uma retrospetiva sobre a realidade nacional, a sua “historia cheia de Graça” dos últimos anos e os desafios que Deus nos está a lançar. Á síntese previamente elaborada pela EN anexou-se outros contributos dados pelas equipas de serviço,  durante a Assembleia:
Questões importantes sobre a realidade da CVX-P:
Ø  Vastos horizontes:
ü  A CVX-P está a crescer muito! Cresce de forma muito consistente em quase todas as regiões, sobretudo em Lisboa e no Porto que são também as regiões onde os grupos etários mais jovens (até aos 25 anos) tem mais expressão pelo que, é necessário trabalhar a Identidade da CVX sobretudo pelo nº de pessoas que entrou recentemente;
ü  A CVX cresce para além dos “lugares jesuítas” com grupos a surgir em Leiria, Santarém e Viseu;
ü  A Assembleia Nacional deve reflectir sobre este aspecto – que Comunidade pretendemos construir?
ü  A CVX deve ser uma experiência de encontro com Deus e os outros;
ü  O rápido crescimento faz de nós uma comunidade muito “jovem”;
ü  A CVX-U é uma verdadeira Graça para a nossa comunidade;
ü  Fazemos parte de uma comunidade mundial. O lugar da nossa comunidade é o mundo (como aldeia global);
ü  É necessário trabalhar pequenos compromissos para chegarmos ao compromisso global;
ü  Na Europa a CVX-P é hoje não só a segunda maior comunidade mas uma das mais maduras;
ü  O perfil dos guias CVX alterou-se consideravelmente nos últimos anos. Mais de metade dos guias são ainda Jesuítas, os guias leigos são já uma maioria em Lisboa e metade dos guias do Porto;
ü  Capitalizar a permanência da Companhia de Jesus;
ü  A CVX constitui um importante campo de missão, fazer parte das equipas de serviço não é gerir questões burocráticas, administrativas e organizar eventos mas de uma forma muito concreta levar Deus às pessoas;
ü  As equipas de serviço necessitam de membros com disponibilidade e espírito de serviço, capacidade de liderança e de coordenação.

 
Ø  Coisas pequenas:
 
ü  Encontrar soluções para o problema da “falta de tempo para rezar”; adaptar o funcionamento dos grupos às contingências das nossas vidas muito ocupadas; encontrar soluções para os grupos com filhos pequenos;
ü  Reconhecermo-nos comunidade é o 1º passo para nos pormos ao serviço;
ü  A CVX vive da disponibilidade dos seus membros. O crescimento da CVX tem que nos responsabilizar e comprometer a todos;
ü  Envolver as pessoas individualmente para criar vínculos;
ü  Uma comunidade em crescimento exige permanentemente mais animadores e mais guias mas também uma cuidada formação;
ü  A disponibilidade passa também por outras tarefas, em que cada um pode dar o seu contributo;
ü  A CVX assegura algumas tarefas com muito e desnecessário amadorismo: contabilidade, comunicação e divulgação, por exemplo. Trata-se, ainda, de não sabermos aproveitar as competências da comunidade neste domínio e de alguma incapacidade para perceber essas atividades como uma importante missão.
Em jeito de conclusão, sublinhamos aqui a posição do Pe. Alberto Brito, sj que defendeu a ideia de um crescimento sustentado e a necessidade de fazer reuniões pontuais (mensais ou não) com animadores e guias no sentido de aferir as dificuldades que vão surgindo neste crescimento sustentado.
O assistente nacional, Pe. Sérgio Diz Nunes, sj salientou a necessidade de estarmos abertos aos desafios do nosso tempo. É neste diapasão que se deve situar a CVX sendo que, a CVX tem que olhar para a comunidade com um olhar diversificado para a unidade. Temos olhares diferentes de acordo com a especificidade das regiões mas sempre numa perspetiva de unidade – contribuímos para a construção do reino.
Outra questão conciliadora e defendida pela Raquel Rei foi como é que nós cristãos nos envolvemos nos desafios que são colocados ao nosso país – a nossa envolvência na sociedade civil.
De salientar a presença do Augusto Miranda (Tuta) um dos elementos do Grupo de Trabalho sobre “Corresponsabilidade e Sustentabilidade Financeira CVX-P” que no seu pragmatismo nos elucidou da necessidade em sairmos do amadorismo com que temos trabalhado em termos financeiros e passarmos a adotar um registo mais técnico.
As contribuições recebidas das diversas regiões permitem inferir a vontade geral de não subir as quotas, neste momento. Ora, a regra em qualquer organização associativa é que as quotas “normais” devem ser suficientes para cobrir as despesas organizativas “normais” e para isso ser possível, neste momento, é preciso ter grande controlo da despesa da CVX, sem nunca esquecer os compromissos plurianuais e internacionais. Torna-se indispensável orçamentar ainda que de modo não-vinculativo, as despesas da EN. Isto porque se é verdade que há despesas “fixas” (como as quotas internacionais), também é verdade que há despesas variáveis e de peso, como é o caso da Formação. A respeito desta última, seria importante a EN, em colaboração com as ER’s com autonomia para promoverem ações de Formação, identificar:
ü  quanto custa formar um guia; um animador; quantos guias e animadores será necessário formar; qual a percentagem de comparticipação pela EN.
Ou seja, quantos mais guias e animadores for necessário formar e quanto mais essas despesas sejam suportadas pela CVX-P, maiores as receitas necessárias. Só assim poderá ser estipulada uma quota que assegure a saudável sustentação das despesas inerentes ao desenvolvimento das CVX-P.
Registamos também a presença da Carla Rebelo e Tintão um “apport” valiosíssimo nestas e noutras matérias.
O testemunho de elementos da Direção Leigos para o Desenvolvimento, Carmo e Andreia que partilharam a sua experiência relativamente às características daquela organização e de como a realização das Assembleias Nacionais, “in casu” Assembleias de Anciãos envolvem as pequenas comunidades na tomada de decisões.
Em face do ora exposto, a Assembleia de Responsáveis terminou no “cair na conta” do muito trabalho a fazer pela EN e restantes equipas de serviço.
“Que o cristão não tenha medo de fazer coisas grandes”.
 
 By Célia Mateus,
Equipa Regional CVX -BI

 

 

 

 

01 junho 2015

«"A oração está no centro do diálogo inter-religioso", é na partilha da experiência religiosa mais profunda (vivida na oração) que se comunica o percurso e busca do Absoluto.»