A nossa Comunidade é formada por cristãos: homens e mulheres, adultos e jovens, de todas as condições sociais que desejam seguir Jesus Cristo mais de perto e trabalhar com Ele na construção do Reino, e reconheceram na CVX a sua particular vocação na Igreja (PG4)

21 abril 2015

Meu Senhor e meu Deus! Assim me encontras hoje, agradecida…

Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho de uma aldeia chamada Emaús, que ficava a cerca de duas léguas de Jerusalém. Conversavam entre si sobre tudo o que acontecera. Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o próprio Jesus e pôs-Se com eles a caminho; os seus olhos, porém, estavam impedidos de o reconhecer. Disse-lhes Ele: «Que palavras são essas que trocais entre vós, pelo caminho?»

Pararam com ar muito triste, e um deles, chamado Cléofas respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou estes dias!» E Ele perguntou: «Que foi?» Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré (…) Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, Jesus fez menção de ir para diante. Mas eles convenceram-n’O a ficar dizendo: «Ficai connosco porque o dia está a terminar e vem caindo a noite.» Jesus entrou e ficou com eles.

E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O. Mas Ele desapareceu da sua presença.

Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalém e encontraram reunidos os onze e os seus companheiros, que lhes disseram: «Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!» E eles contaram o que lhes tinha acontecido e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão.
Evangelho de S. Lucas
 
 
Tocar o mistério com a experiência de Emaús
 
Ao ler este texto e os acontecimentos narrados pelos discípulos de Emaús, retomo a lembrança das aleluias da noite Pascal, que marcaram com emoção o momento do Glória. Faço desse momento “memória agradecida!” (E.E. Inácio de Loiola).

Sim, Jesus Ressuscitou, está vivo em mim, está vivo nas pessoas que me rodeiam, habita na minha casa, nas ruas da minha cidade… Mora em cada realidade da minha vida!

Como os discípulos faço experiências de desilusão e de falta de fé, mas também de caminhar na presença do Senhor Ressuscitado e de O tocar naquilo que penso e vejo, naquilo que faço e amo e… particularmente de me deixar tocar pelo afeto e pelo Mistério reconhecido simplesmente pelos sinais. 

Fecho os olhos por momentos e tudo faz sentido. Tomo consciência que, desde sempre, Jesus se faz presente no meu caminho, tornando-o mais suave. Sinto agora o toque de cada bênção recebida porque nela, é Ele que se Dá. É Ele que me convida a refazer o caminho de Emaús.

No regresso…recolho a luz ténue do dia que termina e peço a graça de um olhar purificado, sobre cada realidade que me rodeia, porque Ele, o Senhor, renova tudo o que em mim perdeu a vida, fortalece todas as incertezas, acalma todos os medos, dá sentido a todas alegrias.

E, neste Senhor que assim se inclina para se dar em Alimento, eu sei que posso confiar e confiar-me dizendo: Meu Senhor e meu Deus! Assim me encontras hoje, agradecida…
 
 
By Alice Matos

19 abril 2015

 
Oração
 
 
Deus Pai,
fonte de toda a santidade,
envia novas vocações à Tua Igreja,

Servidores generosos
da humanidade ferida,
 
Evangelizadores
entusiasmados e corajosos,
 
Pastores santos,
que santifiquem o Teu povo
com a palavra e os sacramentos
da Tua Graça,
 
Consagrados que mostrem
a santidade do Teu Reino,
 
Famílias tocadas pela Tua beleza,
para que, pelo Teu Espírito Santo,
comuniquem a salvação de Cristo
a todas as pessoas da Terra.
 
Ámen.


12 abril 2015

Terra Santa, Testemunho


   No passado mês de fevereiro, integrando um grupo de quase sessenta pessoas, tive o privilégio de ser peregrina na Terra Santa.
    Visitar os lugares onde Jesus nasceu e que percorreu enriqueceu a minha oração e ajudou-me a viver esta Quaresma e esta Páscoa. No entanto, não foram os lugares santos que mais me fascinaram: nunca saberemos se foi exactamente naquele lugar onde Jesus foi batizado ou naquela pedra, na calma e verdejante Tabgha, onde aconteceu a multiplicação dos pães e dos peixes. O que guardo destes lugares é o que eles, para nós cristãos, evocam.
    Foi bom visitar os lugares ao redor do Mar da Galileia (Lago de Tiberíades) onde Jesus passou grande parte da sua vida pública. Atravessar o deserto fez-me compreender a beleza que aqueles lugares evocam e perceber o quão importante são os momentos de refúgio e de encontro com o Pai nas nossas vidas.
    Percorrer as ruas de Jerusalém e rezar a via-sacra, no lugar onde ela aconteceu, foi também especial. Consegui ver Jesus a percorrer aquelas ruas estreitas e cheias de comércio, numa cidade que também naquela altura seguia a sua vida quotidiana. Pude experienciar, também, que é possível o encontro com Deus no meio das agitações, distrações e confusões que muitas vezes caracterizam o nosso dia-a-dia.
   Rezar ao mesmo tempo que os muçulmanos são chamados a orar ou deparamo-nos com o dia de Shabbat em que os judeus são convidados ao descanso e ao encontro com Deus. Somos convidados à união com todos aqueles que connosco partilham o dom da fé.
   Por último, é impossível ficarmos indiferentes ao conflito israelo- -palestiniano e a todos os cristãos perseguidos.
   Pensar em Belém é também recordar o muro que a separa de Israel, no ícone de Nossa Senhora que Faz Cair os Muros que se encontra no mesmo e nas irmãs beneditinas que nos acolheram. Contemplar ao de longe a Síria e o Egito é também recordar todos os cristãos perseguidos, memória avivada pelos recentes acontecimentos.
    Peçamos a Nossa Senhora que Faz Cair os Muros que abra os corações e que faça cair aquele muro e  todos os muros que geram ódio e violência.
  By Sílvia Almeida

02 abril 2015

Novo Mandamento

«Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei, vós também vos deveis amar uns aos outros. É por isso que todos saberão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.»

 
Jo 13,34-35
 
 
O dever sem amor torna-nos mal-humorados;
o dever cumprido com amor torna-nos perseverantes.
A responsabilidade sem amor torna-nos pouco delicados;
a  responsabilidade assumida com amor torna-nos solícitos.
A justiça sem amor torna-nos duros;
a  justiça exercida com amor torna-nos fiáveis.
A educação sem amor torna-nos contraditórios;
a  educação recebida com amor torna-nos pacientes.
A inteligência sem amor torna-nos astutos;
a  inteligência praticada com amor torna-nos compreensivos.
A amabilidade sem amor torna-nos hipócritas;
a amabilidade que brota do amor torna-nos bondosos.
A ordem sem amor torna-nos mesquinhos;
a  ordem mantida com amor torna-nos generosos.
A perícia sem amor faz-nos querer ter sempre razão;
a  perícia distribuída com amor torna-nos dignos de confiança.
O poder sem amor torna-nos violentos;
o  poder detido com amor torna-nos serviçais.
O prestígio sem amor torna-nos altaneiros;
o  prestígio assumido com amor torna-nos humildes.
Os bens sem amor tornam-nos avaros;
os bens utilizados com amor tornam-nos desprendidos.
A fé sem amor torna-nos fanáticos;
a  fé vivida no amor torna-nos pacíficos.
 
          Poema de autor desconhecido citado por Hans Küng, in  «Aquilo em que Creio»