A nossa Comunidade é formada por cristãos: homens e mulheres, adultos e jovens, de todas as condições sociais que desejam seguir Jesus Cristo mais de perto e trabalhar com Ele na construção do Reino, e reconheceram na CVX a sua particular vocação na Igreja (PG4)
24 janeiro 2018
14 janeiro 2018
Vinde e vede, by Luís Pires
Foi com imenso gosto que me desloquei de Coimbra para a Covilhã para participar na celebração da Epifania com a CVX-BI. Inicialmente, idealizei uma viagem com toda a família, a Maria, minha filha de quase 3 anos e a minha esposa, a Ana Rita, grávida da nossa filha Teresa. Mas o frio acabou por fazer das suas e deixei a Maria doente em casa com a mãe para me fazer eu ao caminho. Cheguei à Covilhã mesmo em cima da hora e só entrei para celebrar a missa quando já se iniciava o “Glória”. Mas, rapidamente o meu coração serenou. Um Igreja ampla, simples e com uma magnífica imagem no centro de tudo, o Sagrado Coração de Cristo, ou como está escrito nas paredes o Coração Ardente de Cristo. E que bonita celebração, com a inspiração do Pe. Rafael Mourão, sj. Neste dia celebramos esse “Deus que está ao nosso alcance”, relembrando que como os Magos também nós somos peregrinos. E tal como eles, após fazermos esta experiência de encontro com Jesus, levando o melhor de nós, tudo o que somos, voltamos sempre por outro caminho, confiados n’Ele.
Depois foi tempo de continuar a celebrar o dia em família cristã, agora com a CVX-BI. E que bom que foi, partilhar experiências familiares, profissionais, conhecer e dar-me a conhecer. E como cristãos nada melhor que o fazer enquanto nos reunimos “à mesa”. Foi bom conhecer um pouco melhor a história da CVX-BI, ver todos os grupos representados, da Covilhã e de Castelo Branco, e escutar um pouco do caminho feito pela comunidade sj que está na região há vários anos. Um dos pontos mais bonitos do dia foi para mim ver a integração das famílias dos membros da CVX-BI na festa, ver o Pe. Manuel Vaz Pato, sj, a ensinar um menino a lançar o pião, ver crianças com quem a minha Maria vai gostar de brincar numa próxima visita, e histórias de casais que começaram ao mesmo tempo a viver em CVX. Depois de degustarmos as sobremesas, entre as quais o Tiramisu da Susel, muito conhecido na região (e eu agora sei o porquê!), foi tempo de a equipa de serviço regional da CVX-BI relembrar que neste dia há uma oferta especial a fazer, e todos contribuíram com o que podiam para ajudar a comunidade sj na formação dos noviços.
Já almoçados seguimos para as “Reuniões Baralhadas”. Todos nós recebemos uma OV para nos acompanhar nos dias que antecederam esta celebração e éramos agora convidados a partilhar o sumo espiritual destes dias mas, num grupo de pessoas vindas de grupos CVX diferentes do nosso. É uma experiência muito boa que nos ajuda a relembrar que a partilha em CVX não é dependente de um grupo de pessoas específico, mas de uma atitude inspirada pela presença de Cristo no meio de nós.
Regressei a casa, por outro caminho (literalmente), e de coração cheio.
Agradeço a todos vós o convite para estar convosco nesse dia!
Luís
EN CVX-P
08 janeiro 2018
07 janeiro 2018
The Adoration Of The Magi
By Stanley Cooke
E, tendo nascido Jesus em Belém de Judeia, no tempo do
rei Herodes, eis que uns magos vieram do Oriente a Jerusalém,
Dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos
judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente, e viemos a adorá-lo.
Mt 2, 1-2
O gesto
dos Magos: vêem a Estrela, põem-se a caminho e oferecem presentes.
E
nós, vemos a Estrela?
Precisamos
de uma meta que nos leve Mais longe, que nos leve a manter alto o olhar
Mas,
será que ainda podemos levantar os olhos ao Céu? Sabemos sonhar, ansiar por
Deus, esperar a Sua novidade?
Sejamos
como os Magos que viram uma estrela despontar: era a Estrela de Jesus, que não
ofusca, mas, gentilmente, convida.
A
Estrela de Jesus orienta-nos e permanece
A Estrela do Senhor não ofusca, mas orienta-nos e permanece; serena-nos e faz-nos
experienciar, como aos Magos, uma imensa Alegria; ela convida-nos a caminhar.
“pôr-se a caminho”: uma ação nuclear para
encontrar Jesus. Esta Estrela convida a caminhar, às vezes, arduamente… a vida
e as suas imensas variáveis. Jesus deixa-se encontrar por quem o procura, mas,
para encontrá-Lo é preciso ir, sair, arriscar, (de)inquietarmo-nos e
(des)acomodarmo-nos.
Para
encontrar Jesus é preciso entrar em ação
Para
encontrar Jesus, é preciso colocarmo-nos em movimento, pormo-nos a caminho,
sempre e sem cessar. Para encontrar o Menino, é preciso arriscar: descobrir a Sua ternura e o Seu Amor.
Pormo-nos
a caminho não é fácil. Os Magos falam pouco e caminham muito, prostram-se junto
à manjedoura: “oferecem dons”. Jesus está ali
para oferecer a Sua vida e Salvação, e os Magos oferecem-lhe o que têm de
mais precioso: “ouro, incenso e mirra”.
Oferecer/doar
São
tantos os dons agradáveis a Jesus … são dons gratuitos, que nos compõem como
cristãos.
Este
ano a CVX-BI coloca junto da manjedoura, a Oração e a Comunhão da mesma. Lança
a dinâmica a Intenção do Mês –
atividade concretizada através do Blog e como?
Em
cada mês seremos convidados a ter presentes na nossa Oração os aniversariantes
da nossa Comunidade. E também em cada mês são enviadas, por email, para mim
(Sofia Preto) a intenção/o desejo de se sentirem acompanhados na Oração e
promover assim a Comunhão da mesma. Serão publicadas de forma anónima.
Assim,
comunitariamente, oferecemos à CVX-BI a nossa Oração, o nosso tempo e de
algum modo os nossos dons. Recordando as palavras do Papa Francisco «Senhor,
fazei-me redescobrir a alegria de doar», vamos dando espaço à ingénua e
espantosa Alegria de dar.
03 janeiro 2018
I Reunião Baralhada, janeiro. 18
DETAIL OF "THE NATIVITY" BY ROHDEN FRANZ
VON GEBURT CHRISTI
GAP: Ser berço de Deus Menino para
com humildade o Amar e Dar a conhecer.
Do Oriente veio em
procissão de esperança
O melhor da nossa humanidade.
Os três magos caminharam à luz de uma estrela nova,
Recém-nascida,
Mansa,
Como uma criança.
A procissão faz-se em passos de dança,
E a estrela só
pode ser olhada com olhos puros,
De cristal,
Com alma enternecida,
E coração de natal.
Por isso,
Não a viu Herodes,
Não a viram os guardas,
Não a viram os sábios,
Que arrastavam os olhos por velhos alfarrábios.
Viram-na os magos,
Pegaram nela à mão,
Levaram-na aos lábios,
Deitaram-na no coração.
Vem, Senhor Jesus.
O mundo precisa tanto da tua Luz.
António Couto,
Mesa de Palavras
“Do Oriente veio em
procissão de esperança…”
(1) Coloco-me na cena.
Como é a procissão, como
é o ritmo, onde e como estou?
Dou exemplos concretos.
“E a estrela só pode ser olhada com olhos
puros…”
(2) Como está o olhar que segue a Estrela e que me
conduz ao Deus Menino?
Como é o olhar que me conduz ao convite de Ser rosto de Deus Menino?
Como é o olhar que me conduz ao convite de Ser rosto de Deus Menino?
“Levaram-na aos lábios…”
(3) Cuidadosamente levo a Estrela aos lábios e sinto tudo aquilo que me
transmite – a Alegria interna e imensa.
Neste ano de 2018, como posso de forma pequenina mas concreta e
Alegre Ser voz do Deus que encontra no mais íntimo do meu Ser lugar para
nascer?
“Vem, Senhor Jesus.
O mundo precisa tanto da tua Luz.”
Coloco
na minha oração este gesto acolhedor, mas ao mesmo tempo dilatador de Sua
Luz.
Epifania: Um Deus
ao nosso alcance
A
festa da Epifania tem uma grande importância simbólica para a Igreja. Nas
poucas linhas de um episódio do qual nem sequer se conhecem bem as bases
históricas, descreve-se o símbolo do grande caminho dos povos para o Senhor que
nasceu, um caminho que já está em curso, desde há dois mil anos, e que só
terminará com o encerramento da história humana. Neste caminho, participam
também uma multidão de pessoas aparentemente não cristãs, muitas das quais
estão ligadas a Cristo por aquilo que dá pelo nome técnico de «batismo de desejo»,
outros ainda por aquilo que costuma ser chamado, antes, «batismo de sangue».
Trata-se, portanto, de uma multidão imensa, que ninguém pode contar.
A
importância dada a esta manifestação universal de Cristo também deriva do facto
de que aqui, na revelação feita aos misteriosos Magos, a Igreja relê claramente
outras manifestações de Jesus: a do Batismo no Jordão, e a que foi feita às
multidões da Palestina, mediante a multiplicação dos pães. Jesus apresenta-se,
portanto, como Aquele que pode ser procurado a partir de qualquer condição
humana, por todos aqueles que calcorreiam os caminhos deste mundo.
E
também foi assim que o Santo Padre João Paulo II definiu o meu ministério de
bispo, quando me ordenou solenemente na Basílica de São Pedro, em Roma. Disse
que me conferia «o sacramento do caminho», habilitando-me, assim, a percorrer
com todos os caminhos da vida quotidiana, em busca da estrela, ou seja, dos
sinais do Deus vivo. (...)
A
Igreja tem, certamente, necessidade de bons bispos mas, muito mais do que os
prelados, contam os santos, aqueles que vivem o Batismo numa autêntica relação
com Deus e com os irmãos, em especial com os mais pobres.
Uma
relação semelhante, ou uma rede de relações boas e evangélicas, está presente
em todos aqueles que renunciam a algo de si, que se põem a caminho como os
Magos, fiando-se da ténue mensagem de uma estrela, que não têm medo de momentos
de escuridão e que enfrentam os sacrifícios de um longo caminho para receber o
Menino Jesus dos braços da Mãe. Estou certo que todos aqueles que empreendem,
resolutos, essa caminhada, receberão o cêntuplo nesta vida, bem como a vida
eterna.
Card. Carlo Maria Martini
In Tomados de assombro, ed. Paulinas
04.01.14
In Tomados de assombro, ed. Paulinas
04.01.14
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