A nossa Comunidade é formada por cristãos: homens e mulheres, adultos e jovens, de todas as condições sociais que desejam seguir Jesus Cristo mais de perto e trabalhar com Ele na construção do Reino, e reconheceram na CVX a sua particular vocação na Igreja (PG4)

12 abril 2015

Terra Santa, Testemunho


   No passado mês de fevereiro, integrando um grupo de quase sessenta pessoas, tive o privilégio de ser peregrina na Terra Santa.
    Visitar os lugares onde Jesus nasceu e que percorreu enriqueceu a minha oração e ajudou-me a viver esta Quaresma e esta Páscoa. No entanto, não foram os lugares santos que mais me fascinaram: nunca saberemos se foi exactamente naquele lugar onde Jesus foi batizado ou naquela pedra, na calma e verdejante Tabgha, onde aconteceu a multiplicação dos pães e dos peixes. O que guardo destes lugares é o que eles, para nós cristãos, evocam.
    Foi bom visitar os lugares ao redor do Mar da Galileia (Lago de Tiberíades) onde Jesus passou grande parte da sua vida pública. Atravessar o deserto fez-me compreender a beleza que aqueles lugares evocam e perceber o quão importante são os momentos de refúgio e de encontro com o Pai nas nossas vidas.
    Percorrer as ruas de Jerusalém e rezar a via-sacra, no lugar onde ela aconteceu, foi também especial. Consegui ver Jesus a percorrer aquelas ruas estreitas e cheias de comércio, numa cidade que também naquela altura seguia a sua vida quotidiana. Pude experienciar, também, que é possível o encontro com Deus no meio das agitações, distrações e confusões que muitas vezes caracterizam o nosso dia-a-dia.
   Rezar ao mesmo tempo que os muçulmanos são chamados a orar ou deparamo-nos com o dia de Shabbat em que os judeus são convidados ao descanso e ao encontro com Deus. Somos convidados à união com todos aqueles que connosco partilham o dom da fé.
   Por último, é impossível ficarmos indiferentes ao conflito israelo- -palestiniano e a todos os cristãos perseguidos.
   Pensar em Belém é também recordar o muro que a separa de Israel, no ícone de Nossa Senhora que Faz Cair os Muros que se encontra no mesmo e nas irmãs beneditinas que nos acolheram. Contemplar ao de longe a Síria e o Egito é também recordar todos os cristãos perseguidos, memória avivada pelos recentes acontecimentos.
    Peçamos a Nossa Senhora que Faz Cair os Muros que abra os corações e que faça cair aquele muro e  todos os muros que geram ódio e violência.
  By Sílvia Almeida