(1) “A adesão ao Evangelho, a pertença à tradição
cristã e a visão inaciana são o ponto de partida e dão o mote para o olhar,
generoso e crítico, que queremos ter sobre a realidade, a sua riqueza, complexidade
e contrariedades.”
Esta
frase consta do Estatuto Editorial do ponto SJ.
Quais
foram os olhares e as moções que levaram a lançar como portal dos Jesuítas em
Portugal o ponto SJ?
O
desejo de criar um espaço digital que fosse mais do que uma réplica da nossa
presença no espaço físico, mas que pudesse reforçar os laços de comunhão entre
as diferentes obras e actividades ligadas aos jesuítas e que nos desse a
possibilidade de contribuirmos de forma construtiva para o debate público.
Percebemos que é nossa missão contribuir para um modo de conversar que rompa
com a tentação de criar trincheiras. O espírito crítico pode ser amigo da
escuta e da capacidade de criar pontes. É essa a nossa motivação.
(2) “Diante da erosão do espaço público, em que parece
fácil erguer muros de protecção e cavar trincheiras identitárias e ideológicas,
que também podem surgir dentro da Igreja, queremos proporcionar um espaço de
encontro, num clima
temperado.”
Seguindo
a leitura dos Estatutos, diga-nos como surgiram as pessoas que escrevem no ponto
SJ?
Como
lhes foi lançado o convite? Todos aceitaram?
Houve
alguma reacção surpresa?
Procurámos
que os convites tivessem em conta uma diversidade de olhares e que pudesse
reflectir a diversidade que se vive na Igreja e na sociedade. As poucas recusas
que tivemos deveram-se aos compromissos das pessoas. Mas a recepção do convite
foi sempre de enorme entusiasmo. Foi uma dessas ocasiões em que tive a bonita
sensação de que há pessoas que insistem em agradecer-nos o bem que nos fazem. A
honra de tê-las
no projecto é nossa mas elas fazem questão de se manifestar honradas… Fiquei
verdadeiramente sensibilizado com a sua enorme generosidade.
(3) “Cada secção do ponto SJ – Educação, Cultura,
Política, Fé e Justiça – incorpora distintas perspectivas, permitindo um melhor
entendimento da diversidade e pluralidade que caracteriza o contexto em que vivemos,
sentimos, pensamos, criamos.”
Cada
secção surge como ponto de partida e a sua pertinência na sociedade portuguesa
ou numa visão inaciana são as fronteiras da sociedade e respondem ao apelo do
Papa Francisco para estar no mundo não sendo do mundo e construir um
conhecimento onde cada um é desafiado ‘a encontrar Deus em todas as coisas e
ver que todas as coisas vem do alto’?
Assumimos
com clareza o nosso ponto de partida. Mas sabemos que para alguns dos nossos
leitores antes de possibilitar um encontro com Deus (que desejamos promover) ir
ao ponto SJ é um meio pelo qual se alimenta a profundidade. E isso é muito
importante. Assumimos ainda que toda a realidade pode ser vivida como
espiritual, em todos os acontecimentos e situações é possível discernir qual é
o bem maior. E procuramos contribuir para que isso seja possível.
(4) O “Ponto SJ é também um espaço de notícias sobre as
organizações ligadas aos Jesuítas em Portugal, pretendendo dar a conhecer a sua
diversidade de propostas e eventos.”
Quais
são os recursos humanos e técnicos que facilitam este espaço de notícias?
Por
favor, concretize.
Há
duas pessoas que trabalham no Gabinete de Comunicação e ponto SJ. Depois cada
obra tem um referente que nos vai mantendo informados do que se passa por lá. As
obras ligadas ao Portal podem também ter uma área de notícias gerida pela
própria obra e enviar novidades que faça sentido publicar na área de notícias
do ponto SJ.
(5) Como
foi acolhido, ajudado e concretizado este ponto SJ no espaço eclesial?
Como foram
estabelecidas as pontes e gerada a fecundidade do Evangelho?
Exemplos concretos.
A relação com meios
de comunicação da Igreja é muito boa. A Eccclesia
publica regularmente textos do ponto SJ e está sempre disponível para nos
ajudar (com fotografias, por exemplo). Já fizemos trabalhos em pareceria com a
Família Cristã.
Temos contactos
regulares com os Gabinetes de Comunicação de diversas dioceses nomeadamente
Lisboa e Braga. Há também uma relação de estima e colaboração com o Gabinete de
Comunicação do Opus dei.
(6) O ponto SJ faz o seu primeiro
aniversário em fevereiro.
Que
balanço e desafios pode partilhar connosco? Exemplos concretos.
Quais as formas
concretas de contribuir e viabilizar a continuação deste Lugar de Encontro?
Há vários
desafios: renovar, tornar a linguagem mais próxima e garantir a
sustentabilidade. Estamos muito contentes com o trabalho desenvolvido até
agora, mas sabemos que precisamos de ajuda de todos: partilhando conteúdos,
reagindo ao que escrevemos… às vezes chamando a atenção para gralhas, mas
também, dentro das possibilidades de cada um, financeira. Queremos que o Portal
seja assumido por todos e como um espaço em que se reforçam laços de
comunidade.
[Agradeço ao P. José Maria Brito o seu acolhimento, disponibilidade e reorganização pessoal para partilhar connosco este olhar de quem vive diariamente o compromisso e a dinâmica do ponto SJ.]
Unidos no Senhor,
By Sofia Preto
CVX-BI