A nossa Comunidade é formada por cristãos: homens e mulheres, adultos e jovens, de todas as condições sociais que desejam seguir Jesus Cristo mais de perto e trabalhar com Ele na construção do Reino, e reconheceram na CVX a sua particular vocação na Igreja (PG4)

16 abril 2024

Olhares sobre o Dia Mundial CVX

 

O nosso compromisso com a CVX, com um cristianismo comprometido com as pessoas e com o Mundo expressava-se já ali, na nossa disponibilidade, na nossa vontade de irmos ao encontro dos irmãos.


O meu Dia Mundial da CVX começou muito cedo. A bem dizer, começou quinze dias antes, quando combinámos as boleias e com quem iriamos no nosso carro. Mas começou mesmo cedo, pois partindo da Covilhã tivemos que sair pelas oito para podermos estar a tempo em Cernache. Começou muito cedo porque a partilha da viagem já fez parte das comemorações. A alegria de fazermos caminho juntos, literalmente, também foi e é importante. Quase que me atrevo a dizer que no momento em que partíamos já tudo estava cumprido, já tudo estava celebrado, pois partíamos, melhor dizendo, púnhamo-nos a caminho, um pouco apressadamente, como Maria. O nosso compromisso com a CVX, com um cristianismo comprometido com as pessoas e com o Mundo expressava-se já ali, na nossa disponibilidade, na nossa vontade de irmos ao encontro dos irmãos.

Quando chegámos, foi a alegria de vermos, de sorrirmos, de cumprimentarmos quem já não víamos há anos ou há meses, não importava, pois agora estávamos juntos. Juntos de várias maneiras, juntos nas memórias, nas alegrias partilhadas, nos momentos difíceis rezados, juntos na partilha de doces e bolos regionais que muitos haviam trazido para juntar ao café da chegada e de tudo o que a organização tão impecavelmente disponibilizara e organizara.

No pavilhão, pudemos ter a real noção de quantos eramos, da alegria nas expressões de todos, no acenar de mais alguém que ali estava e ainda não tínhamos cumprimentado, nos testemunhos de quem tinha vivido a CVX dos primeiros tempos em Portugal, do comentário ao nosso lado de quem também era desse tempo. Eu a sentir-me pequenino e ainda “noviço” apesar de já ter onze anos em CVX. Tantos percursos tão diferentes e, apesar disso, com tanto em comum. Seguiu-se o cerne e o cerne é a Eucaristia.

Após o almoço, a partilha a dois, fazendo próximos, mais próximos uns dos outros. Primeiro a dois, como já referi, depois a quatro por fim a oito, curiosamente o número do infinito. Não sei se foi propositadamente ou não, mas isso não importa, o que importa é que sentíamos a ação do Espírito em nós e todos saímos dali mais ricos, mais capacitados para continuarmos o nosso percurso de crescimento e comprometimento com o irmão, com o próximo.

Paulo Lopes
Profissionais