A nossa Comunidade é formada por cristãos: homens e mulheres, adultos e jovens, de todas as condições sociais que desejam seguir Jesus Cristo mais de perto e trabalhar com Ele na construção do Reino, e reconheceram na CVX a sua particular vocação na Igreja (PG4)

18 maio 2017

Rezar com os ícones, Maria Mãe de Deus da Ternura


Claro que irei! 
Foi a minha primeira reacção quando me falaram do nosso encontro em Castelo Branco. Quase sem pensar, predispus-me a ir, melhor, é daqueles acontecimentos que tomo como certos de um ano para o outro. Quando me apercebi que o encontro seria dinamizado pela Alzira Fernandes, então foi a certeza de que estaria presente.

Agora que já passaram alguns dias sobre o encontro da CVX, admiro o modo como a Alzira construiu a acção na qual fomos envolvidos. O fim era rezar com o ícone da Virgem de Vladimir e como, para chegar a esse fim, para rezar com esse ícone, a Alzira nos mostrou a necessidade de aprofundarmos a nossa cultura cristã, de sabermos mais sobre a história da nossa Igreja, da Igreja de Cristo, lembrando-nos que Cristo se saboreia, se come. Antes de nos propor que rezássemos com o ícone, propôs-nos que o abordássemos primeiro sensorialmente e racionalmente, só depois nos conduziu ao propósito a que queria que chegássemos.

Vivemos, neste encontro, a graça de rezar com e não de rezar para. Rezar com Maria é muito diferente de rezar a Maria. Quando rezamos com Maria é ela que reza connosco. Quando Jesus nos ensinou «Pai Nosso» é Pai nosso, meu, teu e de Jesus, isto é, Jesus não se retira do acto, como somos irmãos em Cristo, quando dizemos «Pai nosso que (…)» é Jesus que diz connosco, porque é nosso irmão, quando falamos ao Pai, Ele fala connosco, desce junto a nós e incorpora-se nas nossas orações. Assim foi também no convite que nos fizeram, rezar com o ícone, não rezar para o ícone. Ao rezarmos com o ícone sucedeu o que a Alzira nos tinha dito, que o ícone era feito para entrar em nós.

Depois, todos estes encontros de CVX mostram ter a riqueza inerente a «Quando dois ou mais se reunirem em Meu nome (…)». São as riquezas da partilha do que sentimos, do que rezámos, a alegria de estarmos juntos, o convívio à mesa do almoço, a partilha das boleias, os abraços à partida e à chegada, tudo é e merece ser vivido, ser saboreado.

Já marquei lugar para o ano, ainda não sei a data, ainda não sei com quem será, ainda não sei se terá lugar, mas já marquei!

By Paulo Lopes, Os Profissionais